quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Cardeal Geraldo Majella anuncia a beatificação de irmã Dulce


O cardeal arcebispo de Salvador (BA), dom Geraldo Majella Agnelo anunciou, na manhã desta quarta-feira, 27, a beatificação da irmã Dulce. O pronunciamento foi feito na sede das Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador, e o cardeal informou que até o fim do ano será conhecida a data da cerimônia de beatificação.Para ser considerada beata, foi necessária a comprovação da existência de um milagre atribuído a religiosa; fato que aconteceu esta semana em Roma. O processo ainda precisa ser assinado pelo papa para ser concluído.


De acordo com dom Geraldo, a religiosa é exemplo para os cristãos e a sua história de vida é o que justifica a beatificação e o processo de canonização. “Todo santo é um exemplo de Cristo, como foi o caso dela (Irmã Dulce); aquela dedicação diuturna durante toda a vida aos pobres e sofredores”.Irmã Dulce é a primeira baiana a tornar-se beata e agora está a um passo da canonização. O título de santa só poderá ser conferido após a comprovação de mais dois milagres intercedidos pela religiosa e reconhecidos pelo Vaticano.


A causa da beatificação de Irmã Dulce foi iniciada em janeiro do ano 2000 pelo próprio dom Geraldo Majella. Desde junho de 2001, o processo tramita na Congregação para a Causa dos Santos no Vaticano.

Fonte: CNBB

http://www.cnbb.org.br

Foto: Banco de Imagens do Google

domingo, 17 de outubro de 2010

Bento XVI canonizou seis novos santos



(17/10/2010) Uma multidão ao mesmo tempo jubilosa e recolhida se congregou neste domingo de manhã na Praça de São Pedro, para uma Eucaristia presidida por Bento XVI, que procedeu à canonização de seis novos santos: um padre polaco, do século XV, Estanislau Kazimierczyk; o religioso canadiano André Bessette, que viveu entre os séculos XIX e XX; a religiosa espanhola, do século XIX, Madre Cândida Maria Barriola; a religiosa australiana Mary McKillop, do séc. XIX; e finalmente, da Itália, a Irmã Giulia Salzano, também do séc. XIX; e a monja clarissa, do séc. XV, Baptista Varano. Todos eles – sublinhou o Papa na homilia – viveram de modo exemplar a fé e a oração de que falam as Leituras da Missa.
Recordando as palavras conclusivas do Evangelho deste domingo – “O Filho do Homem, quando vier, encontrará a fé sobre a terra?”, comentou Bento XVI:
“É uma pergunta que quer suscitar um aumento de fé da nossa parte. Está claro que a oração deve ser expressão de fé, caso contrário não é verdadeira oração. Se alguém não crê na bondade de Deus, não pode rezar de modo verdadeiramente adequado. A fé é essencial como base da atitude de verdadeira oração. Foi o que fizeram os seis novos santos que hoje são propostos à veneração da Igreja universal”.
Evocando depois, brevemente, cada um dos novos santos, Bento XVI referiu-se antes de mais a São Estanislau Kazimierczyk, religioso dos Cónegos Regulares, em Cracóvia, padre, educador, atento ao cuidado dos mais necessitados:
“De modo particular estava ligado à Eucaristia, através do ardente amor por Cristo, presente sob as espécies do pão e do vinho; vivendo o mistério da morte e da ressurreição, que de modo incruento se realiza na Santa Missa; através da prática do amor ao próximo”.
Relativamente ao Irmão André Bessete, do Québec, no Canadá, religioso da Congregação da Santa Cruz, porteiro de um colégio em Montreal, o Papa pôs em destaque a modéstia e simplicidade da sua vida, com um iminente grau de fé e de submissão à vontade de Deus.
“Profundamente habitado pelo mistério de Jesus, viveu a beatitude dos corações puros e da rectidão pessoal. Foi graças a esta simplicidade que ele permitiu a muitos ver a Deus. Fez construir o Oratório São José de Mont Royal, do qual foi responsável até à morte, em 1937 e onde testemunhou inumeráveis curas e conversões”.
Sobre a Madre Cândida Maria Barriola, fundadora da congregação das Filhas de Jesus, Bento XVI sublinhou a sua total dedicação a Deus e aos outros:
“Aquela rapariga de origem simples, com um coração no que Deus pôs o seu selo e que a levaria bem depressa, sob a guia dos seus directores espirituais, jesuítas, a tomar a firme resolução de viver só para Deus. Decisão mantida fielmente, como ela própria recordava quando estava para morrer. Viveu para Deus e para o que Ele mais quer: chegar a todos, a todos levar a esperança que não vacila, e especialmente aos que mais disso necessitam”.
Quanto a Madre Mary McKillop, o Papa sublinhou o “corajoso e santo exemplo de zelo, perseverança e oração”.
“Dedicou-se como jovem à educação dos pobres em dificuldade da Austrália rural, inspirando outras mulheres a juntar-se-lhe na primeira comunidade de Irmãs do país. Preocupava-se com as necessidades de cada jovem que lhe estava confiado, sem considerar a condição ou riqueza, assegurando-lhes formação ao mesmo tempo intelectual e espiritual”.
Seguiu-se a referência a Madre Giulia Salzano, fundadora da Congregação das Irmãs Catequistas do Sagrado Coração de Jesus, “apostola da educação cristã”:
“Madre Giulia compreendeu bem a importância da catequese na Igreja, e, unindo a preparação pedagógica para o fervor espiritual, dedicou-se-lhe com generosidade e inteligência, contribuindo para a formação de pessoas de qualquer idade e condição social”.
Finalmente, Santa Baptista Varano, monja clarissa do século XV:
“Tendo entrado aos 23 anos no mosteiro de Urbino, inseriu-se como protagonista naquele vasto movimento de reforma da espiritualidade feminina franciscana que pretendia recuperar plenamente o carisma de santa Clara de Assis. (…)
Num tempo em que a Igreja sofria um relaxamento dos costumes, ela percorreu com decisão o caminho da penitência e da oração, animada pelo ardente desejo de renovação do Corpo místico de Cristo”.

Fonte: Rádio Vaticano

sábado, 9 de outubro de 2010

Salve Mãe Aparecida, Padroeira do Brasil


"Com grande alegria rejubilo-me no Senhor, e minha alma exultará no meu Deus, pois me revestiu de justiça e salvação, como a noiva ornada de suas joias".

Imagem de Nossa Senhora Aparecida

A imagem retirada das águas do rio Paraíba em 1717, é de terracota e mede quarenta centímetros de altura. Em estilo seiscentista, como atestado por diversos especialistas que a analisaram (Dr. Pedro de Oliveira Ribeiro Neto, os monges beneditinos do Mosteiro de São Salvador, na Bahia, Dom Clemente da Silva-Nigra e Dom Paulo Lachenmayer), acredita-se que originalmente apresentaria uma policromia, como era costume à época, embora não haja documentação que o comprove. A argila utilizada para a confecção da imagem é oriunda da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo. Quando foi recolhida pelos pescadores, o corpo estava separado da cabeça e, muito provavelmente, sem a policromia original, devido ao período em que esteve submersa nas águas do rio.

A cor de canela com que se apresenta hoje deve-se à exposição secular à fuligem produzida pelas chamas das velas, lamparinas e candeeiros, acesas pelos seus devotos.

Em 1978, após sofrer um atentado que a reduziu a quase duzentos fragmentos, foi encaminhada ao Prof. Pietro Maria Bardi (à época diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP), que a examinou, juntamente com o dr. João Marinho, colecionador de imagens sacras brasileiras. Foi então totalmente restaurada, no MASP, pelas mãos da artista plástica Maria Helena Chartuni.

Embora não seja possível determinar o autor ou a data da confecção da imagem, através de estudos comparativos concluiu-se que ela pode ser atribuída a um discípulo do monge beneditino frei Agostinho da Piedade, ou, segundo Silva-Nigra e Lachenmayer, a um do seu irmão de Ordem, frei Agostinho de Jesus. Apontam para esses mestres as seguintes características:

- forma sorridente dos lábios;
- queixo encastoado, tendo, ao centro, uma covinha;
- penteado e flores nos cabelos em relevo;
- broche de três pérolas na testa; e
- porte corporal empinado para trás.

Fonte:

http://nossasenhoraaparecida.brwww.com.br/

Foto: Banco de Imagens do Google