segunda-feira, 30 de abril de 2012

João Paulo II: um ano de beatificação

Cidade do Vaticano (RV) – No dia 1º de maio de 2011, milhões de fiéis assistiam à beatificação de João Paulo II, na Praça São Pedro.

Bento XVI, ao beatificar seu antecessor, destacou sua própria experiência com João Paulo II.

“Quero agradecer a Deus também a experiência de colaboração pessoal que me concedeu ter longamente com o Beato Papa João Paulo II. Se antes já tinha tido possibilidades de o conhecer e estimar, desde 1982, quando me chamou a Roma como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, pude durante 23 anos permanecer junto dele crescendo sempre mais a minha veneração pela sua pessoa. O meu serviço foi sustentado pela sua profundidade espiritual, pela riqueza das suas intuições. Sempre me impressionou e edificou o exemplo da sua oração…Feliz és tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu – nós te pedimos – a sustentar a fé do Povo de Deus. Muitas vezes, do Palácio, tu nos abençoaste nesta Praça! Hoje nós te pedimos: Santo Padre, abençoa-nos! Amém”.

No final da cerimônia de beatificação, Bento XVI falou um língua portuguesa e lembrou uma frase célebre do então novo beato.

“Dirijo uma cordial saudação aos peregrinos de língua portuguesa, de modo especial aos Cardeais, Bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, e numerosos fiéis, bem como às Delegações oficiais dos países lusófonos vindos para a Beatificação do Papa João Paulo II. A todos desejo a abundância dos dons do Céu por intercessão do novo Beato, cujo testemunho deve continuar a ressoar nos vossos corações e nos vossos lábios, repetindo como ele no início do seu pontificado: Não tenhais medo! Abri as portas, melhor, escancarai as portas a Cristo! Assim Deus vos abençoe!”

Como João Paulo II marcou sua vida

Fizemos essa pergunta a nossos amigos no Facebook. Yasmim Reis de Souza, 13 anos, da Arquidiocese da Paraíba, fez um pequeno relato da sua experiência.

“Eu descobri minha devoção a João Paulo II no final de 2011. Foi quando vi aquela juventude fervorosa, com sede de adorar a Deus, e isso me tocou, comecei a ver amigos próximos falarem muito dele com aquele calor no coração, próprio da juventude, daí eu me questionei: João Paulo II? Vou procurar saber quem foi, o que fez para deixar essa juventude tão fervorosa. Pesquisei a história dele, vi quem era João Paulo II, o que fez aqui na terra como Papa; deixou a Cruz e o Ícone da Jornada e como presente, a Jornada Mundial da Juventude, e aos poucos fui descobrindo minha devoção que cada vez ficava mais forte. Até que cheguei a ver que a JMJ iria ser no Brasil, ai veio aquela vontade, a mesma que eu tive quando acompanhei a JMJ Madrid, de participar, de estar lá no meio daquela juventude. Chegou o tempo que eu descobri que os símbolos da JMJ (Cruz e Ícone) iriam passar um fim de semana na minha capital (João Pessoa), aí foi que aquela vontade me invadiu totalmente, e eu na espera ansiosa para ir ao encontro da Cruz e do Ícone, só que sempre tem aquelas pessoas que querem colocar você de todo jeito longe deles aí me disseram: Ahh, com a quantidade de jovens que irão, você não irá nem conseguir chegar perto! Mas não perdi as esperanças nem a fé. Chegado o dia da Formação para a Juventude, fui, e ali vi que tudo o que me disseram era como se quisessem me afastar. Os representantes das paróquias foram chamados para ficar aos pés da Cruz um pouco, meditando, orando! A minha hora chegou e, ao posicionar minhas mãos na Cruz, senti aquele calor vindo diretamente, um calor que trazia mais fé, mais esperança, mais tudo! Hoje sei que vou poder realizar meu sonho na JMJ Rio2013, minha mãe está organizando tudo para que eu possa vivenciar tudo que o Beato deixou para a juventude aqui nesse mundo! O jovem tem a força de transformar esse mundo e eu acredito que em 2013 nós vamos fazer a diferença nesse Brasil hoje tão violento. Acredito que nós vamos deixar aqui, junto com o Santo Padre, uma onda de paz que irá transformar esse país com a força de Deus!!! João Paulo II foi um homem de fé, hoje um santo de Deus, meu orgulho é dizer: Eu vou, com força e fé, fazer a diferença com aqueles milhares de jovens para deixar esse Brasil um país da Paz! "E aqui, sobre essa mesma luz, sobre a sua Cruz, cantado a uma só voz...Emanuel, Emanuel, Emanuel, cantando a uma só voz, Emanuel, Emanuel!" Santidade jovem sim! Hoje é o que os jovens buscam, é serem santos sem deixar de ser jovem! Precisamos de santos de calças jeans.
Fonte :Rádio Vaticano   


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Papa Bento XVI está aniversariando

Cidade do Vaticano (RV) – A Igreja celebra com alegria nesta segunda-feira, 16 de abril, o aniversário de 85 anos do Papa Bento XVI. Mensagens de felicitações chegam de todo o mundo por ocasião dessa data especial que precede, aliás, um outro aniversário importante, o de sete anos de Pontificado de Joseph Ratzinger, que se completam em 19 de abril.

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, manifestou seu sentimento pela ocasião. Manifestou, aliás, dois sentimentos, um de “gratidão ao Senhor por esse Papa que nos guia com grande força, gentileza e fé” e outro de “admiração” pelo pontificado “rico e intenso, com viagens e eventos importantes, e com um Magistério forte e múltiplo”.

Pe. Lombardi falou ainda sobre a personalidade de Ratzinger, da qual destacou a gentileza e a atenção e o respeito com os quais escuta seus interlocutores. Ressaltou também a lucidez e a clareza de pensamento e de expressão, “uma densidade de conteúdo que toca em um modo profundo”, disse ele.

Quanto ao Pontificado do Papa Bento XVI, apontou como muito positivo o fato de que a Igreja Católica “concentrou-se essencialmente na sua missão, ou seja, na prioridade da atenção em Deus, à dimensão transcendente da vida, à personalidade de Jesus Cristo como revelador da verdadeira face de Deus”.

Também o Presidente da Conferência Episcopal italiana, Cardeal Angelo Bagnasco, e o Secretário Geral, Dom Mariano Crociata, enviaram um telegrama dando os parabéns a Bento XVI pelas datas. “As nossas felicitações – lê-se no telegrama – vêm acompanhadas da oração, com a qual pedimos ao Senhor, que o chamou à vida e à escolha na ordem episcopal, para que o conserve para a Igreja inteira como guia e pastor do povo santo de Deus”.

O telegrama mencionou ainda o próximo Ano da Fé, dando destaque à decisão do Pontífice “de valorizar o aniversário de 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II”, intensificando “a reflexão sobre a fé, a adesão ao Evangelho, a responsabilidade social de um anúncio corajoso e franco”.

Ainda o Presidente italiano, Giorgio Napolitano, mandou uma mensagem de parabéns ao Papa em nome de todo o povo italiano. “Os mais calorosos votos de felicidades pela sua pessoa – disse Napolitano - e pela fecunda atuação do Magistério ético e espiritual ao qual olham com esperança a nação italiana e a sua vasta comunidade católica” (ED)

Fonte: Rádio Vaticano

terça-feira, 3 de abril de 2012

A Paixão Segundo São Marcos

 
Cidade do Vaticano (RV) - A paixão segundo Marcos é a mais antiga das quatro e, certamente um dos textos evangélicos mais antigos. Ela tem como idéia central o silêncio de Jesus e sua absoluta confiança no Pai.

Quando Judas o beijou, Jesus não reagiu, como também não o fez em relação às demais agressões sofridas na Paixão e nem ao aparente silêncio do Pai.

Aqueles que desejam seguir Jesus deverão abandonar tudo, até a própria vida. Tudo em favor da vontade do Pai e de seu Reino. É necessário, como o Mestre estar só, é vivenciar a solidão.

Do mesmo modo que os discípulos, também nós queremos seguir Jesus, por amor. Mas como esse seguimento está sendo feito? Através do seguimento de idéias cristãs, de sua ética ou através do seguimento da pessoa de Jesus?

O batismo nos proporcionou esse seguimento, mas no transcorrer de nossa vida, de nosso dia a dia, abandonamos nossa vida, nossas primeiras opções, e nos deixamos às mãos do Pai, como Jesus e como Santa Terezinha do Menino Jesus gostava de fazer? E se somos submetidos às provações, qual é ou qual será nossa reação?

O abandono de Jesus e o sentir-se abandonado pelo Pai foi ultra forte; ele clamou: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?” E isso na hora da morte em que lutava pela justiça, pelos interesses do Pai!

Qual a reação de Jesus?

Ele chorou, pediu conforto ao Pai e que o consolasse. Marcos apresenta um Jesus fraco e que experimentou quão é exigente e difícil obedecer ao Pai.

Por que Jesus não discutiu? Ele sabia que a sentença já estava decidida. Por isso seu silêncio não demonstra covardia e sim, superioridade, não se perturbando com a calúnia, não se colocando no mesmo nível de seus acusadores, mas confiando na vitória final da verdade.

Jesus não temeu a derrota, mas confiou plenamente no Pai.

A entrega de Jesus ao Pai já começou a dar frutos no próprio ato. Um pagão, o centurião romano fez sua profissão de fé imediatamente à morte de Jesus: “Verdadeiramente este homem era Filho de Deus". Ele respondeu às perguntas que eram feitas no início do evangelho. Somente após a morte e ressurreição é que se pode compreender quem é Jesus. O que fez o centurião crer, um pagão crer, foi a entrega de Jesus, por amor, até a morte e morte na cruz. O amor rasgou o véu do templo e, desse momento em diante, todos os homens poderão ser feitos filhos de Deus. Tudo dependerá da fé em Jesus, da crença nele, da qual o centurião, segundo Marcos, foi o primeiro.

Jesus dividiu conosco as experiências dramáticas da vida!

Queridos irmãos, ouvintes da Rádio Vaticano, entramos na Semana Santa, onde aprofundaremos nosso conhecimento no amor de Cristo por nós e, consequentemente seremos agraciados com mais amor. Que possamos chegar à Páscoa da Ressurreição mais assemelhados ao Cristo obediente!


Fonte: Rádio Vaticano
Foto: Banco de Imagens do Google