Cidade do Vaticano (RV) – No dia 1º de maio de 2011, milhões de fiéis
assistiam à beatificação de João Paulo II, na Praça São Pedro.
Bento XVI, ao beatificar seu antecessor, destacou sua própria experiência com
João Paulo II.
“Quero agradecer a Deus também a experiência de colaboração pessoal que me
concedeu ter longamente com o Beato Papa João Paulo II. Se antes já tinha tido
possibilidades de o conhecer e estimar, desde 1982, quando me chamou a Roma
como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, pude durante 23 anos
permanecer junto dele crescendo sempre mais a minha veneração pela sua pessoa.
O meu serviço foi sustentado pela sua profundidade espiritual, pela riqueza das
suas intuições. Sempre me impressionou e edificou o exemplo da sua oração…Feliz
és tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu – nós te
pedimos – a sustentar a fé do Povo de Deus. Muitas vezes, do Palácio, tu nos
abençoaste nesta Praça! Hoje nós te pedimos: Santo Padre, abençoa-nos! Amém”.
No final da cerimônia de beatificação, Bento XVI falou um língua portuguesa e
lembrou uma frase célebre do então novo beato.
“Dirijo uma cordial saudação aos peregrinos de língua portuguesa, de modo
especial aos Cardeais, Bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, e numerosos
fiéis, bem como às Delegações oficiais dos países lusófonos vindos para a
Beatificação do Papa João Paulo II. A todos desejo a abundância dos dons do Céu
por intercessão do novo Beato, cujo testemunho deve continuar a ressoar nos vossos
corações e nos vossos lábios, repetindo como ele no início do seu pontificado:
Não tenhais medo! Abri as portas, melhor, escancarai as portas a Cristo! Assim
Deus vos abençoe!”
Como João Paulo II marcou sua vida
Fizemos essa pergunta a nossos amigos no Facebook. Yasmim Reis de
Souza, 13 anos, da Arquidiocese da Paraíba, fez um pequeno relato da sua
experiência.
“Eu descobri minha devoção a João Paulo II no final de 2011. Foi quando vi
aquela juventude fervorosa, com sede de adorar a Deus, e isso me tocou, comecei
a ver amigos próximos falarem muito dele com aquele calor no coração, próprio
da juventude, daí eu me questionei: João Paulo II? Vou procurar saber quem foi,
o que fez para deixar essa juventude tão fervorosa. Pesquisei a história dele,
vi quem era João Paulo II, o que fez aqui na terra como Papa; deixou a Cruz e o
Ícone da Jornada e como presente, a Jornada Mundial da Juventude, e aos poucos
fui descobrindo minha devoção que cada vez ficava mais forte. Até que cheguei a
ver que a JMJ iria ser no Brasil, ai veio aquela vontade, a mesma que eu tive
quando acompanhei a JMJ Madrid, de participar, de estar lá no meio daquela
juventude. Chegou o tempo que eu descobri que os símbolos da JMJ (Cruz e Ícone)
iriam passar um fim de semana na minha capital (João Pessoa), aí foi que aquela
vontade me invadiu totalmente, e eu na espera ansiosa para ir ao encontro da
Cruz e do Ícone, só que sempre tem aquelas pessoas que querem colocar você de
todo jeito longe deles aí me disseram: Ahh, com a quantidade de jovens que
irão, você não irá nem conseguir chegar perto! Mas não perdi as esperanças nem
a fé. Chegado o dia da Formação para a Juventude, fui, e ali vi que tudo o que
me disseram era como se quisessem me afastar. Os representantes das paróquias
foram chamados para ficar aos pés da Cruz um pouco, meditando, orando! A minha
hora chegou e, ao posicionar minhas mãos na Cruz, senti aquele calor vindo
diretamente, um calor que trazia mais fé, mais esperança, mais tudo! Hoje sei
que vou poder realizar meu sonho na JMJ Rio2013, minha mãe está organizando
tudo para que eu possa vivenciar tudo que o Beato deixou para a juventude aqui
nesse mundo! O jovem tem a força de transformar esse mundo e eu acredito que em
2013 nós vamos fazer a diferença nesse Brasil hoje tão violento. Acredito que
nós vamos deixar aqui, junto com o Santo Padre, uma onda de paz que irá
transformar esse país com a força de Deus!!! João Paulo II foi um homem de fé,
hoje um santo de Deus, meu orgulho é dizer: Eu vou, com força e fé, fazer a diferença
com aqueles milhares de jovens para deixar esse Brasil um país da Paz! "E
aqui, sobre essa mesma luz, sobre a sua Cruz, cantado a uma só voz...Emanuel,
Emanuel, Emanuel, cantando a uma só voz, Emanuel, Emanuel!" Santidade
jovem sim! Hoje é o que os jovens buscam, é serem santos sem deixar de ser
jovem! Precisamos de santos de calças jeans. Fonte :Rádio Vaticano
Cidade do Vaticano (RV) –
A Igreja celebra com alegria nesta segunda-feira, 16 de abril, o
aniversário de 85 anos do Papa Bento XVI. Mensagens de felicitações
chegam de todo o mundo por ocasião dessa data especial que precede,
aliás, um outro aniversário importante, o de sete anos de Pontificado de
Joseph Ratzinger, que se completam em 19 de abril.
O Diretor da
Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, manifestou seu
sentimento pela ocasião. Manifestou, aliás, dois sentimentos, um de
“gratidão ao Senhor por esse Papa que nos guia com grande força,
gentileza e fé” e outro de “admiração” pelo pontificado “rico e intenso,
com viagens e eventos importantes, e com um Magistério forte e
múltiplo”.
Pe. Lombardi falou ainda sobre a personalidade de
Ratzinger, da qual destacou a gentileza e a atenção e o respeito com os
quais escuta seus interlocutores. Ressaltou também a lucidez e a clareza
de pensamento e de expressão, “uma densidade de conteúdo que toca em um
modo profundo”, disse ele.
Quanto ao Pontificado do Papa Bento
XVI, apontou como muito positivo o fato de que a Igreja Católica
“concentrou-se essencialmente na sua missão, ou seja, na prioridade da
atenção em Deus, à dimensão transcendente da vida, à personalidade de
Jesus Cristo como revelador da verdadeira face de Deus”.
Também o
Presidente da Conferência Episcopal italiana, Cardeal Angelo Bagnasco, e
o Secretário Geral, Dom Mariano Crociata, enviaram um telegrama dando
os parabéns a Bento XVI pelas datas. “As nossas felicitações – lê-se no
telegrama – vêm acompanhadas da oração, com a qual pedimos ao Senhor,
que o chamou à vida e à escolha na ordem episcopal, para que o conserve
para a Igreja inteira como guia e pastor do povo santo de Deus”.
O
telegrama mencionou ainda o próximo Ano da Fé, dando destaque à decisão
do Pontífice “de valorizar o aniversário de 50 anos da abertura do
Concílio Vaticano II”, intensificando “a reflexão sobre a fé, a adesão
ao Evangelho, a responsabilidade social de um anúncio corajoso e
franco”.
Ainda o Presidente italiano, Giorgio Napolitano, mandou
uma mensagem de parabéns ao Papa em nome de todo o povo italiano. “Os
mais calorosos votos de felicidades pela sua pessoa – disse Napolitano -
e pela fecunda atuação do Magistério ético e espiritual ao qual olham
com esperança a nação italiana e a sua vasta comunidade católica” (ED)
Fonte: Rádio Vaticano
Cidade do Vaticano (RV)
- A paixão segundo Marcos é a mais antiga das quatro e, certamente um
dos textos evangélicos mais antigos. Ela tem como idéia central o
silêncio de Jesus e sua absoluta confiança no Pai.
Quando Judas o
beijou, Jesus não reagiu, como também não o fez em relação às demais
agressões sofridas na Paixão e nem ao aparente silêncio do Pai.
Aqueles
que desejam seguir Jesus deverão abandonar tudo, até a própria vida.
Tudo em favor da vontade do Pai e de seu Reino. É necessário, como o
Mestre estar só, é vivenciar a solidão.
Do mesmo modo que os
discípulos, também nós queremos seguir Jesus, por amor. Mas como esse
seguimento está sendo feito? Através do seguimento de idéias cristãs, de
sua ética ou através do seguimento da pessoa de Jesus?
O
batismo nos proporcionou esse seguimento, mas no transcorrer de nossa
vida, de nosso dia a dia, abandonamos nossa vida, nossas primeiras
opções, e nos deixamos às mãos do Pai, como Jesus e como Santa Terezinha
do Menino Jesus gostava de fazer? E se somos submetidos às provações,
qual é ou qual será nossa reação?
O abandono de Jesus e o
sentir-se abandonado pelo Pai foi ultra forte; ele clamou: “Meu Deus,
meu Deus, por que me abandonastes?” E isso na hora da morte em que
lutava pela justiça, pelos interesses do Pai!
Qual a reação de Jesus?
Ele
chorou, pediu conforto ao Pai e que o consolasse. Marcos apresenta um
Jesus fraco e que experimentou quão é exigente e difícil obedecer ao
Pai.
Por que Jesus não discutiu? Ele sabia que a sentença já
estava decidida. Por isso seu silêncio não demonstra covardia e sim,
superioridade, não se perturbando com a calúnia, não se colocando no
mesmo nível de seus acusadores, mas confiando na vitória final da
verdade.
Jesus não temeu a derrota, mas confiou plenamente no Pai.
A
entrega de Jesus ao Pai já começou a dar frutos no próprio ato. Um
pagão, o centurião romano fez sua profissão de fé imediatamente à morte
de Jesus: “Verdadeiramente este homem era Filho de Deus". Ele respondeu
às perguntas que eram feitas no início do evangelho. Somente após a
morte e ressurreição é que se pode compreender quem é Jesus. O que fez o
centurião crer, um pagão crer, foi a entrega de Jesus, por amor, até a
morte e morte na cruz. O amor rasgou o véu do templo e, desse momento em
diante, todos os homens poderão ser feitos filhos de Deus. Tudo
dependerá da fé em Jesus, da crença nele, da qual o centurião, segundo
Marcos, foi o primeiro.
Jesus dividiu conosco as experiências dramáticas da vida!
Queridos
irmãos, ouvintes da Rádio Vaticano, entramos na Semana Santa, onde
aprofundaremos nosso conhecimento no amor de Cristo por nós e,
consequentemente seremos agraciados com mais amor. Que possamos chegar à
Páscoa da Ressurreição mais assemelhados ao Cristo obediente!
Fonte: Rádio Vaticano
Foto: Banco de Imagens do Google