domingo, 25 de julho de 2010

Novo Diretor


Nomeado em junho por Dom Arquiabade Emanuel D`Able do Amaral OSB, o novo Diretor do Instituto dos Oblatos Seculares Beneditinos da Arquiabadia de São Sebastião da Bahia, Dom Marcos Félix da Silva OSB, tomou posse hoje na reunião mensal dos Oblatos juntamente com o seu assistente Ir. Pio Vaccari OSB.


Ainda nesta reunião o nosso irmão Jerônimo (Edivaldo) Boaventura, Obl. OSB proferiu brilhante palestra sobre seus contatos com os Mosteiros Beneditinos de Portugal: São Martinho de Tibães e Singeverga.


"Que os irmãos continuem crescendo e buscando sempre mais o conhecimento e a vivência da Regra do Glorioso Patriarca São Bento. Em tudo, amem a Deus acima de tudo, vivam com desapego e rezem pela Santa Igreja e pelos mortos. Que o Deus da paz esteja sempre convosco..."

Com estas palavras o nosso ex-diretor Dom Miguel Dias de Souza OSB, despediu-se da função na reunião do mês passado e anunciou a nomeação dos novos oficiais: Dom Marcos Félix da Silva OSB para Diretor e Ir. Pio Vaccari OSB para Assistente.


Agradecemos a inestimável contribuição do nosso querido Dom Miguel para o nosso crescimento espiritual ao tempo em que acolhemos e damos boas vindas a Dom Marcos e ao Ir. Pio. Estamos juntos nesta caminhada em busca do bem comum.


Foto: Ideval Alves

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Caritas in Veritate: um ano após sua publicação




Caritas in Veritate – a encíclica que desfechou um tento no coração da crise. A terceira encíclica de Bento XVI – a primeira do pontífice alemão sobre um tema social – foi apresentada à imprensa no dia 7 de julho de 2009, numa Sala de Imprensa repleta de jornalistas, como sempre acontece nas grandes ocasiões.
O documento, porém, tem a data de 29 de junho, porque, como quase sempre acontece com os textos pontifícios, transcorrem alguns dias entre a data da assinatura por parte do papa e a data de sua publicação.
Era, de qualquer modo, uma encíclica esperada há muito, porque deveria ter coincidido com o 40º aniversário da Populorum Progressio, de Paulo VI, publicada em 1967.
O “atraso” de dois anos pode ser atribuído à eclosão da crise econômica mundial, que induziu Bento XVI a uma revisão do texto, à luz do que estava acontecendo no mundo inteiro.
O resultado está, hoje, aos olhos de todos: as 142 páginas da encíclica constituem uma lúcida análise das profundas causas da crise, e oferecem – como é tradição na Doutrina Social da Igreja, em cujas premissas se insere a Caritas in Veritate, 18 anos depois da Centesimus Annus, de João Paulo II – importantes pontos de reflexão para a busca de adequadas soluções para a crise que perdura até hoje.
Neste seu primeiro ano de vida, a Caritas in Veritate demonstrou todas as suas potencialidades, suscitando debates e confrontos em âmbito econômico, político e social, e revelando-se como um dos mais incisivos textos do magistério pontifício dos últimos tempos.
Uma encíclica que – como se escreveu sobre ela – amplia a perspectiva da Populorum Progressio, passando do conceito de “desenvolvimento dos povos” ao conceito de “desenvolvimento humano integral”. Mas, sobretudo, um documento no qual aparecem evidenciados, desde o próprio título, os dois pilares, os dois fundamentos do magistério e do pontificado de Bento XVI: a caridade e a verdade.

Fonte: Rádio Vaticano
Foto: Banco de imagens do Google

segunda-feira, 19 de julho de 2010

ORAÇÃO E TRABALHO


ORA ET LABORA - ORAÇÃO E TRABALHO é o lema de São Bento; oração transformada em trabalho e trabalho em oração, pela fé e obediência.

TRABALHO E ORAÇÃO - Os monges de um antigo mosteiro, na igreja reunidos para orar, viram na parede escritas com letras grandes esta advertência: "Perante Deus reunidos, não sejam de mente distraídos, porque se o coração não reza ardente, a língua vossa trabalha inutilmente." Jesus Cristo ensinando-nos , como deveria ser feita a verdadeira oração, dizia: "Nas vossas orações não useis de vãs repetições, como fazem os gentios, porque entendem que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos. Não sejais como eles, porque o vosso Pai, sabe do que tendes necessidade antes de lho pedirdes." (Mt 6,7-8).
O cristão autêntico, em qualquer trabalho que desempenha, deseja glorificar a Deus, o que precisamente São Bento, sintetizou em uma só frase: "Para que em tudo seja Deus glorificado."


"A Oração"

A oração é algo natural do homem, como falar ou suspirar, ou olhar, ou como latejar do coração enamorado. Na realidade é também uma queixa. Nossa oração não é mais do que estabelecer contato com Deus. É uma comunicação com Deus e não necessita ser com palavras e nem mesmo com a mente. A gente pode se comunicar com o olhar, com o sorriso ou com os suspiros, ou contemplar o céu, ou beber a água. De fato todos os nossos atos corporais são oração. Nosso corpo formula uma profunda ação de graças em suas entranhas, quando sedento, recebe um copo d’água. Quando, num dia de calor, mergulhamos num rio fresco, toda nossa pele canta o hino de ação de graças ao Criador, ainda que esta seja uma oração irracional, que se faz sem nosso consentimento e às vezes mesmo apesar de nós. O trabalho é uma oração existencial. Deus nos envolve por todas as partes como a atmosfera.
A razão pela qual a gente não costuma experimentar a presença de Deus é porque estamos acostumados a que toda experiência nos venha de fora, e essa experiência é de dentro. Estamos voltados para o exterior, pendentes da sensação de fora e então nos passam inadvertidos os toques e as vozes de dentro. (Thomas Merton)


Foto: Ideval Alves / Claustro do Mosteiro de São Bento da Bahia

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nossa Senhora do Carmo


No dia 16 de julho, celebra-se na Igreja Católica, a festa de Nossa Senhora do Carmo, um título da Virgem Maria que remonta ao século XIII, quando, no monte Carmelo, Palestina, começou a formar-se um grupo de eremitas. Estes, querendo imitar o exemplo do profeta Elias, reuniram-se ao redor de uma fonte chamada "fonte de Elias", e iniciaram um estilo de vida que, mais tarde, se estenderia ao mundo todo. Devido ao lugar onde nasceu, este grupo de ex-cruzados e eremitas foi chamado de "carmelitas". A história nos assegura que os eremitas construíram também uma pequena capela dedicada à Nossa Senhora que, mais tarde, e pela mesma circunstância de lugar, seria chamada de "Nossa Senhora do Carmo" ou " Nossa Senhora do Carmelo". Os carmelitas viram-se obrigados a emigrar para a Europa, para continuar a própria vida religiosa e lutar por seu espaço entre as várias ordens mendicantes. O título de Nossa Senhora do Carmo está unido ao "símbolo do escapulário".

A presença de Maria com o nome de Nossa Senhora do Carmo foi se espalhando por toda a Europa, e esta devoção foi levada para a América Latina, na primeira hora da evangelização. É difícil encontrar uma diocese latino-americana que não tenha, pelo menos, uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Carmo. Não somente são igrejas matrizes ou catedrais dedicadas a Maria, sob o título de Nossa Senhora do Carmo, mas também lugarejos, capelas, oratórios etc. Isso prova como esta devoção saiu dos âmbitos restritos dos conventos carmelitanos e se tornou propriedade do povo e da Igreja Universal, como diz o Papa João Paulo II, em sua carta dirigida aos Superiores Gerais do "Carmelo da Antiga Observância e do Carmelo Descalço".

Esta devoção, enraizada no coração do povo, está sendo resgatada, e os devotos de Nossa Senhora do Carmo aumentam cada vez mais.

Texto: Cônego Pedro Carlos Cipolini - Doutor em Teologia (Mariologia); professor titular da PUC–Campinas; membro da Academia Marial de Aparecida
Foto: Banco de imagens do Google

terça-feira, 13 de julho de 2010

Henrique da Baviera, Padroeiro dos Oblatos


Muitos acusam a Idade Média como um tempo de trevas da história, e é fácil pensar assim se não abrirmos os olhos e olharmos para o alto, pois ali é que se encontram as luzes deste período, ou seja, os inúmeros Santos e Santas. Henrique e sua esposa Cunegundes fazem parte deste "lustre", pois viveram uma perfeita harmonia de afetos, projetos e ideais de santidade.
Henrique era filho de duque e nasceu num castelo na Alemanha em 973. Pertencia a uma família santa e, por isso, foi educado por cônegos e, mais tarde, pelo bispo de Ratisbona, adquirindo assim toda uma especial formação cristã.
Conta-se que espiritualmente se preparou para assumir o trono da Alemanha, sem o saber, pois ainda jovem sonhara com estas breves palavras: "Entre seis". Primeiro,interpretou que teria seis dias antes de morrer, mas tal não aconteceu, preparou-se em vista a seis meses e em seguida a seis anos, até que por providência assumiu o reinado.
Henrique nunca se rendeu às tentações do poder e da glória do mundo, foi coroado Rei aos 29 anos de idade; foi sempre firme e moderado nas suas atitudes durante todo o seu reinado. Foi conhecido como "Homem de Paz", de retidão incomparável. Morreu a 13 de julho de 1024 e foi canonizado em 1146.
Por não ser monge, mas seguir a orientação da Regra de São Bento,em especial do Abade Odilon do Mosteiro de Cluny, Santo Henrique é considerado o Patrono dos Oblatos Seculares Beneditinos.

Fonte: http://www.evangelhoquotidiano.org/
Foto: Banco de imagens da Google

domingo, 11 de julho de 2010

Centenário e Profissão Monástica


A Solenidade de São Bento na Arquiabadia de São Sebastião da Bahia foi marcada pela comemoração do centenário de nascimento do Abade Dom Timóteo Amoroso Anastácio e a profissão trienal de votos temporários do Ir. João Batista Silva Santos (foto). A Basílica ficou repleta de autoridades, fiéis, oblatos, devotos de São Bento, amigos e contemporâneos de Dom Timóteo, familiares e amigos do Ir. João Batista que assim como Dom Timóteo fez os seus primeiros votos no dia dedicado ao Nosso Pai São Bento.

Dom Timóteo foi o septuagésimo sétimo Abade do Mosteiro de São Bento da Bahia. Ficou 16 anos como Abade, de 1965 até a sua renúncia em 1981. Treze anos depois ocorreu a sua Páscoa no dia 2 de agosto de 1994.

O nosso confrade jornalista Ir. Romualdo (José) Pedreira Lapa Nov. Obl. OSB escreveu um ensaio sobre Dom Timóteo do qual retiramos este trecho:
“Abade, monge, poeta, escritor, tradutor, humanista, romântico, culto, erudito, sábio. Um mito. Um cometa, um astro luminoso de primeiríssima grandeza. Político - em sua mais lidima e etimológica tradução e origem, Timóteo Amoroso (que já trazia Amor no nome!), foi identicamente um pontífice - como João XXIII, um construtor de pontes. Para além de tudo o que divide e exclui, humilha ou marginaliza, rotula, para além de qualquer preconceito, matriz ou matiz ideológico, e mesmo religioso (manteve uma grande aproximação e diálogo com os representantes e o "povo de santo", do culto afro-baiano) Timóteo, o Amoroso, figura de romance de Jorge Amado, deixou o seu rastro luminoso no céu da Bahia, dialogando com todos, os da esquerda e os da direita, os pobres e os ricos, os cultos e os incultos.”
Foto: Ideval Alves

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Solenidade de Nosso Pai São Bento


O mês de julho é marcado pela Solenidade de Nosso Pai São Bento no dia onze. O pai dos monges do Ocidente que sintetizou os fundamentos da Ordem Beneditina no lema Ora et Labora apresentado aos seus discípulos. Através dessas duas motivações e da Santa Regra se ampara a vida monástica na sua perspectiva de Louvor Divino e propagação do Reino de Deus.
A Regra escrita por São Bento para os monges é cada vez mais procurada por leigos nos lugares mais diversos e na medida em que procuram um ensinamento prático para um verdadeiro modo de vida cristã, cada vez mais os leigos descobrem a atualidade e o valor da Regra Beneditina.
Tornam-se cada vez mais conhecidos e apreciados, os livros e artigos da anglicana Esther de Walls, professora e pesquisadora da Universidade de Cambridge e que entrou em contato com a Regra de São Bento pesquisando a história da antiga Abadia Beneditina de Cantuária, na Inglaterra. Ela percebeu a imensa atualidade do modo de vida beneditina e iniciou em 1982, uma experiência de retiros em grupo, seguindo o esquema e o espírito da RB. Esse material de estudo e reflexão foi publicado depois como livro com sugestivo título: “A Procura de Deus – A Regra de São Bento, um caminho para o homem de hoje”.
Outro testemunho da atualidade viva da RB são os Oblatos Seculares Beneditinos em todo o mundo que se filiam a uma família monástica por um laço de ordem espiritual a fim de poder graças a esta filiação, participar mais intensamente das preces e méritos desta comunidade, vivenciando os ensinamentos de amor fraterno e apostólico através do espírito da RB.
Na Solenidade de Nosso Pai São Bento, rezemos por todos os Beneditinos: monges, monjas, missionárias, oblatos e oblatas vivos e mortos. Que Nosso Senhor conceda paz e progresso espiritual a nossa Ordem e nos conserve observantes à Santa Regra e fiéis a nossa vocação.
(Foto: Ideval Alves - Museu de São Bento - Salvador - BA)