segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL cheio da LUZ e das BENÇÃOS do MENINO DEUS


Queridos irmãos e irmãs que fazem o Instituto dos Oblatos Seculares do Mosteiro de São Bento da Bahia

Pax!

É Tempo do Advento, tempo de graça, de esperança e de preparação para o Natal do Senhor que vem ao nosso encontro para nos salvar. Agradeçamos a Deus por todas as graças, maravilhas, e vitórias que Ele realizou em nossas vidas, e peçamos a Ele que nos conceda a graça e a alegria de celebrarmos o Natal de seu Filho Jesus Cristo com nossos corações renovados pela fé, pela esperança e pela caridade. Desejo a todos um Feliz Natal cheio da Luz e das bênçãos do Menino-Deus, e um Ano Novo de paz e realizações. São estes os meus sinceros votos.

Dom Marcos Felix, OSB - Diretor


Foto: Ir. Antônio de Pádua (Ideval) Alves, Obl. OSB (Museu Hermitage - São Petersburgo - Russia.)


HISTÓRIA DO NATAL DIGITAL (Excentric PT)





quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Devoção à Virgem Imaculada


Roma, 09 nov (RV) - "Somos todos filhos de Deus, uma grande família, sem distinção de nacionalidade, cor ou língua": estas são algumas palavras proferidas, ontem à tarde, por Bento XVI, durante o tradicional ato de devoção à Virgem Imaculada na Praça de Espanha, no centro de Roma.

"A mensagem de Maria é de confiança e esperança para o mundo inteiro" - ressaltou o Papa que foi acolhido pelo Vigário-Geral para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, pelo Prefeito de Roma, Gianni Alemanno, e vários fieis.

Bento XVI recordou que Maria nos fala com a Palavra de Deus e sua mensagem é Jesus:

"Maria nos diz que somos todos chamados a abrirmos à ação do Espírito Santo para chegar ao nosso destino final, a sermos imaculados, plenamente e definitivamente livres do mal. Ela nos fala com a sua santidade, com um olhar cheio de esperança e compaixão, que evoca palavras como estas: Não tenha medo, filho, Deus te ama" - disse o pontífice.

"A mensagem de Maria é dirigida a todos, até mesmo a quem não se lembra da Solenidade da Imaculada, quem se sente sozinho e abandonado, porque o olhar de Maria é o olhar de Deus sobre cada um" – frisou o Papa.

O pontífice sublinhou que "a mãe de Deus é aquela que conhece mais do que ninguém a força da graça divina. Ela sabe que nada é impossível a Deus, capaz de extrair o bem até mesmo do mal", ressaltou Bento XVI, acrescentando: "Eis, queridos irmãos e irmãs, a mensagem que recebemos aqui nos pés de Maria Imaculada. É uma mensagem de confiança para todas as pessoas desta cidade e do mundo. Uma mensagem de esperança que não é feita de palavras, mas de sua própria história: ela, uma mulher de nossa estirpe, que deu à luz o Filho de Deus e partilhou toda a sua vida com Ele!."

Bento XVI encerrou o ato de devoção pedindo a Maria "conforto para os doentes, coragem para os jovens, auxílio para as famílias e que todos tenham a força de repelir sempre o mal e acolher o bem". (MJ)

Fonte: Rádio Vaticano

Foto: Banco de Imagens do Google

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cristo Rei e o Advento




A vinda de um rei justo, santo e sábio, totalmente diferente dos monarcas humanos, havia sido profetizada muitos séculos antes que o Verbo divino se fizesse homem e viesse habitar em nosso meio.
Lê-se no livro da sabedoria que a palavra onipotente de Deus, que é o seu Filho único, no meio da noite, desceu do seu trono real. Cristo, com efeito, antes de se encarnar no seio da virgem, já reinava como Deus que era com o Pai e o Espírito.
Os profetas não anunciaram apenas a vinda do rei glorioso, que haveria de libertar o povo de Israel dos seus pecados, mas também de um reino indestrutível, que subsistiria pelos séculos, e que nunca seria destruído.
Como Deus, Cristo sempre foi rei, já que o mundo, por ele criado, sempre esteve submetido ao seu poder divino. Como homem, segundo costumavam dizer os padres da Igreja, Cristo reinou no alto da cruz, a qual foi o seu trono.
Como são incompreensíveis os mistérios divinos e como Deus é totalmente diferente dos homens!
Quem acreditaria ser rei quem se dignou lavar os pés dos seus vassalos? Quem creria na realeza de um rei que terminou a sua vida pregado numa cruz, entre dois vis malfeitores?
A realeza de Cristo distinguiu-se sobretudo pelo serviço amoroso prestado aos homens. Deus veio servir e oferecer sua vida em resgate pela multidão. Poderia ter imposto a sua realeza mediante a força, mas preferiu chamar os homens a si pelo amor e pela humildade.
O rei que veio não nasceu no esplendor de um palácio, mas nas palhas de um presépio, o rei que veio remir o homem com o seu sangue, não veio para ser bajulado pelos mortais, mas para lhes conceder vida em plenitude.
Cristo mostrou ser um rei diferente quando disse a Pilatos que o seu reino não era deste mundo, quando disse aos judeus que o seu reino não viria de um modo estrondoso, mas que o reino de Deus está dentro de nós.
Cotidianamente imploramos a vinda deste reino de paz, justiça e caridade, que tão ansiosamente aguardamos. O reino de Cristo começou modestíssimo, como um grão de semente lançado a terra, mas cresceu de modo tal, que inumeráveis aves do céu vieram encontrar abrigo neste reino divino.
O reino de Deus está na alma do cristão em estado de graça, pois se o reino de Deus é o próprio Cristo, quem o possuí em si, já participa da alegria de ser cidadão de um tão glorioso reino, já sente borbulhar dentro de si aquela divina alegria que corre como um rio para a vida eterna.
Que felicidade fazer parte do reino de Cristo na terra que, segundo a Lumem Gentium é a Igreja, pela qual nosso rei imortal perpetua sua presença entre nós! E que felicidade ainda maior saber que a despeito de todas as injustiças e misérias humanas, virá um dia o rei divino que já veio uma primeira vez na humildade de nossa carne, para introduzir na alegria definitiva do reino eterno aqueles que o aguardam para a salvação.
Conceda-nos Deus por sua bondade a graça de perseverarmos em seu reino na terra que é a santa Igreja, afim de um dia, entrarmos em plena posse daquele reino de paz e justiça, onde a lei é o amor, os habitantes são irmãos que se amam verdadeiramente no Senhor, e onde Deus é a suprema felicidade. A ele, a glória pelos séculos. Amém.

Ir. Samuel Dantas de Araújo, OSB.

Foto: Ir. Antônio de Pádua (Ideval) Alves, Obl. OSB - Igreja Ortodoxa São Salvador sobre o sangue derramado em São Petersburgo - Russia.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ordem Eqüestre do Santo Sepulcro de Jerusalém




Às 10 horas do dia 30 de outubro de 2010, na Basílica Arquiabacial de São Sebastião do Mosteiro de São Bento da Bahia foi celebrada a Missa Solene de Investidura de Sua Paternidade Reverendíssima D. Emanuel d’Able do Amaral, O.S. B (9º Abade-Presidente da Congregação Beneditina do Brasil), e de Sua Reverendíssima D. Bento Lyra Albertin, O.S.B. (1º Prior Conventual do Priorado de São Bento em Pouso Alegre MG), na Ordem do Santo Sepulcro. Celebração presidida por Sua Excelência Reverendíssima D. Gregório Paixão, O.S.B. (Bispo Titular de Fico e Auxiliar de São Salvador da Bahia). Oportunidade na qual foi instalada a Delegação Magistral do Santo Sepulcro de São Salvador da Bahia.

A Ordem Eqüestre do Santo Sepulcro de Jerusalém (OESSJ) é uma associação pública de fiéis de religião católica, ereta pela Sé Apostólica, com personalidade jurídica canônica e civil.

A Ordem pode ser definida como a única instituição leiga da Santa Sé encarregada de suprir as necessidades do Patriarcado Latino de Jerusalém e de sustentar a atividade e as iniciativas em favor da presença cristã na Terra Santa. O Patriarcado tem, portanto, como principal fonte de contribuição institucional as ofertas feitas pelos membros da ordem. Uma associação de fiéis leigos aberta aos eclesiásticos, estabelecida com base no Direito Canônico, à qual é confiada, pelo Soberano Pontífice, a missão especial de assistir a Igreja da Terra Santa e de estimular em seus membros a prática da vida cristã.

Fonte: Wikipédia (adaptação)

Fotos: Ir. Mariano (Ivan) Costa Fernandes, Obl. OSB

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Cardeal Geraldo Majella anuncia a beatificação de irmã Dulce


O cardeal arcebispo de Salvador (BA), dom Geraldo Majella Agnelo anunciou, na manhã desta quarta-feira, 27, a beatificação da irmã Dulce. O pronunciamento foi feito na sede das Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador, e o cardeal informou que até o fim do ano será conhecida a data da cerimônia de beatificação.Para ser considerada beata, foi necessária a comprovação da existência de um milagre atribuído a religiosa; fato que aconteceu esta semana em Roma. O processo ainda precisa ser assinado pelo papa para ser concluído.


De acordo com dom Geraldo, a religiosa é exemplo para os cristãos e a sua história de vida é o que justifica a beatificação e o processo de canonização. “Todo santo é um exemplo de Cristo, como foi o caso dela (Irmã Dulce); aquela dedicação diuturna durante toda a vida aos pobres e sofredores”.Irmã Dulce é a primeira baiana a tornar-se beata e agora está a um passo da canonização. O título de santa só poderá ser conferido após a comprovação de mais dois milagres intercedidos pela religiosa e reconhecidos pelo Vaticano.


A causa da beatificação de Irmã Dulce foi iniciada em janeiro do ano 2000 pelo próprio dom Geraldo Majella. Desde junho de 2001, o processo tramita na Congregação para a Causa dos Santos no Vaticano.

Fonte: CNBB

http://www.cnbb.org.br

Foto: Banco de Imagens do Google

domingo, 17 de outubro de 2010

Bento XVI canonizou seis novos santos



(17/10/2010) Uma multidão ao mesmo tempo jubilosa e recolhida se congregou neste domingo de manhã na Praça de São Pedro, para uma Eucaristia presidida por Bento XVI, que procedeu à canonização de seis novos santos: um padre polaco, do século XV, Estanislau Kazimierczyk; o religioso canadiano André Bessette, que viveu entre os séculos XIX e XX; a religiosa espanhola, do século XIX, Madre Cândida Maria Barriola; a religiosa australiana Mary McKillop, do séc. XIX; e finalmente, da Itália, a Irmã Giulia Salzano, também do séc. XIX; e a monja clarissa, do séc. XV, Baptista Varano. Todos eles – sublinhou o Papa na homilia – viveram de modo exemplar a fé e a oração de que falam as Leituras da Missa.
Recordando as palavras conclusivas do Evangelho deste domingo – “O Filho do Homem, quando vier, encontrará a fé sobre a terra?”, comentou Bento XVI:
“É uma pergunta que quer suscitar um aumento de fé da nossa parte. Está claro que a oração deve ser expressão de fé, caso contrário não é verdadeira oração. Se alguém não crê na bondade de Deus, não pode rezar de modo verdadeiramente adequado. A fé é essencial como base da atitude de verdadeira oração. Foi o que fizeram os seis novos santos que hoje são propostos à veneração da Igreja universal”.
Evocando depois, brevemente, cada um dos novos santos, Bento XVI referiu-se antes de mais a São Estanislau Kazimierczyk, religioso dos Cónegos Regulares, em Cracóvia, padre, educador, atento ao cuidado dos mais necessitados:
“De modo particular estava ligado à Eucaristia, através do ardente amor por Cristo, presente sob as espécies do pão e do vinho; vivendo o mistério da morte e da ressurreição, que de modo incruento se realiza na Santa Missa; através da prática do amor ao próximo”.
Relativamente ao Irmão André Bessete, do Québec, no Canadá, religioso da Congregação da Santa Cruz, porteiro de um colégio em Montreal, o Papa pôs em destaque a modéstia e simplicidade da sua vida, com um iminente grau de fé e de submissão à vontade de Deus.
“Profundamente habitado pelo mistério de Jesus, viveu a beatitude dos corações puros e da rectidão pessoal. Foi graças a esta simplicidade que ele permitiu a muitos ver a Deus. Fez construir o Oratório São José de Mont Royal, do qual foi responsável até à morte, em 1937 e onde testemunhou inumeráveis curas e conversões”.
Sobre a Madre Cândida Maria Barriola, fundadora da congregação das Filhas de Jesus, Bento XVI sublinhou a sua total dedicação a Deus e aos outros:
“Aquela rapariga de origem simples, com um coração no que Deus pôs o seu selo e que a levaria bem depressa, sob a guia dos seus directores espirituais, jesuítas, a tomar a firme resolução de viver só para Deus. Decisão mantida fielmente, como ela própria recordava quando estava para morrer. Viveu para Deus e para o que Ele mais quer: chegar a todos, a todos levar a esperança que não vacila, e especialmente aos que mais disso necessitam”.
Quanto a Madre Mary McKillop, o Papa sublinhou o “corajoso e santo exemplo de zelo, perseverança e oração”.
“Dedicou-se como jovem à educação dos pobres em dificuldade da Austrália rural, inspirando outras mulheres a juntar-se-lhe na primeira comunidade de Irmãs do país. Preocupava-se com as necessidades de cada jovem que lhe estava confiado, sem considerar a condição ou riqueza, assegurando-lhes formação ao mesmo tempo intelectual e espiritual”.
Seguiu-se a referência a Madre Giulia Salzano, fundadora da Congregação das Irmãs Catequistas do Sagrado Coração de Jesus, “apostola da educação cristã”:
“Madre Giulia compreendeu bem a importância da catequese na Igreja, e, unindo a preparação pedagógica para o fervor espiritual, dedicou-se-lhe com generosidade e inteligência, contribuindo para a formação de pessoas de qualquer idade e condição social”.
Finalmente, Santa Baptista Varano, monja clarissa do século XV:
“Tendo entrado aos 23 anos no mosteiro de Urbino, inseriu-se como protagonista naquele vasto movimento de reforma da espiritualidade feminina franciscana que pretendia recuperar plenamente o carisma de santa Clara de Assis. (…)
Num tempo em que a Igreja sofria um relaxamento dos costumes, ela percorreu com decisão o caminho da penitência e da oração, animada pelo ardente desejo de renovação do Corpo místico de Cristo”.

Fonte: Rádio Vaticano

sábado, 9 de outubro de 2010

Salve Mãe Aparecida, Padroeira do Brasil


"Com grande alegria rejubilo-me no Senhor, e minha alma exultará no meu Deus, pois me revestiu de justiça e salvação, como a noiva ornada de suas joias".

Imagem de Nossa Senhora Aparecida

A imagem retirada das águas do rio Paraíba em 1717, é de terracota e mede quarenta centímetros de altura. Em estilo seiscentista, como atestado por diversos especialistas que a analisaram (Dr. Pedro de Oliveira Ribeiro Neto, os monges beneditinos do Mosteiro de São Salvador, na Bahia, Dom Clemente da Silva-Nigra e Dom Paulo Lachenmayer), acredita-se que originalmente apresentaria uma policromia, como era costume à época, embora não haja documentação que o comprove. A argila utilizada para a confecção da imagem é oriunda da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo. Quando foi recolhida pelos pescadores, o corpo estava separado da cabeça e, muito provavelmente, sem a policromia original, devido ao período em que esteve submersa nas águas do rio.

A cor de canela com que se apresenta hoje deve-se à exposição secular à fuligem produzida pelas chamas das velas, lamparinas e candeeiros, acesas pelos seus devotos.

Em 1978, após sofrer um atentado que a reduziu a quase duzentos fragmentos, foi encaminhada ao Prof. Pietro Maria Bardi (à época diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP), que a examinou, juntamente com o dr. João Marinho, colecionador de imagens sacras brasileiras. Foi então totalmente restaurada, no MASP, pelas mãos da artista plástica Maria Helena Chartuni.

Embora não seja possível determinar o autor ou a data da confecção da imagem, através de estudos comparativos concluiu-se que ela pode ser atribuída a um discípulo do monge beneditino frei Agostinho da Piedade, ou, segundo Silva-Nigra e Lachenmayer, a um do seu irmão de Ordem, frei Agostinho de Jesus. Apontam para esses mestres as seguintes características:

- forma sorridente dos lábios;
- queixo encastoado, tendo, ao centro, uma covinha;
- penteado e flores nos cabelos em relevo;
- broche de três pérolas na testa; e
- porte corporal empinado para trás.

Fonte:

http://nossasenhoraaparecida.brwww.com.br/

Foto: Banco de Imagens do Google


quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Santa Teresinha do Menino Jesus


"Deus cercou-a de cuidados e a instruiu, guardou-a como pupila dos seus olhos. Ele abriu suas asas como a águia e em cima de seus ombros a levou. E só Ele, o Senhor, foi o seu guia". (Dt 32,10ss).

Santa Teresinha e a vocação missionária da carmelita

"Santa Teresinha, numa das suas cartas, define a vocação missionária da carmelita duma forma tão interpeladora quanto desafiante para cada uma de suas Irmãs:

"A nossa vocação não é ir ceifar os campos das messes maduras. Jesus não nos diz: “Baixai os olhos, olhai e ide ceifar”. A nossa missão é ainda mais sublime. Eis aqui as palavras de Jesus: “Levantai os olhos e vede”. Vede como no céu há lugares vazios; a vós toca-vos enchê-los. Vós sois o meu Moisés orante na montanha: pedi-me operários e eu os enviarei; não espero mais que uma oração, que um suspiro de vosso coração. (…) A nossa missão como carmelitas é a de formar trabalhadores do Evangelho que salvem as almas, das quais nós seremos mães. Parece-me tão bela a nossa missão!" (Ct 135).

A vocação missionária da carmelita entendida assim é de uma beleza rara. Beleza que a muitos atrai e fascina. Mas na realidade, a nossa Grande Missionária, diz-nos que estar em missão no Carmelo é uma “luta dura”, um “martírio doloroso”, que exige viver em pura fé.

«O martírio mais doloroso, o mais amado, é o nosso, porque só Jesus o vê. Não será nunca revelado às criaturas da terra; mas quando o Cordeiro abra o livro da vida, que admiração na corte celestial ao ouvir proclamar, juntamente com o nome dos missionários e dos mártires, o nome de umas pobres Irmãs que nunca fizeram coisas deslumbrantes!» (Ct 195).

Ser Carmelita é viver em Missão! Não é ter apenas uma missão para evangelizar, mas é tê-las todas."

Fonte:
http://www.carmelo.com.br/

http://www.santaeulalia.com.pt/ - Carmelitas Descalças do Carmelo de Cristo Redentor (Aveiro / Portugal)

Foto: Ir. Antônio de Pádua (Ideval) Alves, Obl. OSB - Imagem de Santa Teresinha - acervo da Abadia Cisterciense de Nossa Senhora Mãe do Divino Pastor - Jequitibá - Bahia

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Só o Amor (com maiúscula) dá a verdadeira felicidade


“Só o Amor (com maiúscula) dá a verdadeira felicidade” – recordou-o Bento XVI neste domingo ao meio-dia, na alocução do Angelus, ainda em Castelgandolfo, de onde se prepara para regressar ao Vaticano, no início de Outubro.
Como é habitual, o Papa comentou brevemente o Evangelho do dia, a parábola do homem rico e do pobre Lázaro. “O primeiro vive no luxo e no egoísmo, e quando morre acaba no inferno. Pelo contrário o pobre, que sobrevive com os restos da mesa do rico, ao morrer é levado pelos anjos à eterna morada de Deus e dos santos”.
“Esta parábola diz-nos duas coisas: primeira, que Deus ama os pobres e os ergue da sua humilhação; segundo, que o nosso destino eterno está condicionado pelo nosso comportamento. Toca a nós seguir o caminho que Deus nos mostrou para chegar à vida: o amor, não entendido como sentimento, mas como serviço aos outros, na caridade de Cristo”.

Por feliz coincidência – observou o Papa – nesta segunda-feira, 27 de Setembro, celebra-se a memória litúrgica de São Vicente de Paulo, patrono das organizações caritativas católicas, falecido há 350 anos. “Na França do século XVII, ele tocou com a mão precisamente o forte contraste entre os mais ricos e os mais pobres. Como padre, teve ocasião de frequentar tanto os meios aristocráticos, como as zonas do campo e mesmo os tugúrios de miséria de Paris.
“Impulsionado pelo amor de Cristo, Vicente de Paulo soube organizar formas estáveis de serviço às pessoas marginalizadas, dando vida às chamadas Charitées – as Caridades, isto é, grupos de mulheres que colocavam o seu tempo e os seus bens à disposição dos mais indigentes”.
De entre estas voluntárias (lembrou ainda o Papa), algumas optaram por consagrar-se totalmente a Deus e aos pobres. Foi assim que, com santa Luísa de Marillac, são Vicente fundou as “Filhas da Caridade”, primeira congregação feminina a viver a consagração “no mundo”, no meio das pessoas, com os doentes e os necessitados.

“Caros amigos, só o Amor, com A maiúscula, dá a verdadeira felicidade! Demonstra-o também uma outra testemunha, uma jovem que ontem foi proclamada Beata aqui em Roma. Falo de Chiara Badano, uma jovem italiana nascida em 1971, que uma doença levou à morte com pouco menos de 19 anos, mas que foi para todos como que um raio de luz, como diz o seu apelido “Chiara Luce” (Clara Luz)”.
Estão hoje em festa a sua paróquia e a sua diocese (no Piemonte) como também o Movimento dos Focolares, a que pertencia. “É uma festa para todos os jovens, que nela podem encontrar um exemplo de coerência cristã.
“Demos graças a Deus, porque o seu amor é mais forte do que o mal e a morte. E agradeçamos à Virgem Maria, que conduz os jovens, mesmo através das dificuldades e sofrimentos, a enamorarem-se de Jesus e a descobrirem a beleza da vida”.

Fonte: Rádio Vaticano

domingo, 19 de setembro de 2010

Cardeal Newman beatificado pelo Papa


Cardeal Newman, uma das maiores figuras da Igreja no século XIX, beatificado neste domingo em Birmingham pelo Papa Bento XVI.

(19/9/2010) Bento XVI presidiu este Domingo à beatificação do Cardeal John Henry Newman, uma das maiores figuras eclesiais no século XIX que o Papa quer apresentar como modelo de pensador e líder espiritual quando a Igreja Católica atravessa um momento delicado.

Forte influência na vida e pensamento de Joseph Ratzinger, Newman é reconhecido como um notável escritor, pregador e teólogo, que James Joyce apelidava como o “maior dos escritores ingleses em prosa”.

Nascido em Londres a 21 de Fevereiro de 1801 e falecido a 11 de Agosto de 1890, John Henry Newman converteu-se do anglicanismo ao catolicismo aos 44 anos, em 1845.
Antes da sua conversão, foi uma das figuras principais do Movimento de Oxford, que procurava a aproximar das suas raízes a Igreja Anglicana da Inglaterra, na qual era clérigo.

Bento XVI é um apreciador da teologia do Cardeal Newman, já desde os tempos em que era um jovem seminarista na Alemanha, o que justifica que, pela primeira vez no atual pontificado, o Papa abra uma exceção à prática que implementou e presida pessoalmente a uma beatificação.

"Newman pertence deveras aos grandes doutores da Igreja, porque ele toca ao mesmo tempo o nosso coração e ilumina o nosso pensamento", disse o então Cardeal Ratzinger sobre este Cardeal inglês, em 1990.

Foi uma figura muito popular no seu tempo e a sua conversão teve grande impacto na sociedade vitoriana e restaurou o prestígio da Igreja Católica na Inglaterra.
É este o homem escolhido por Bento XVI para o momento mais importante da sua primeira visita de Estado ao Reino Unido, que decorre desde 16 de Setembro, um homem que o atual Papa considerou recentemente com “um extraordinário exemplo de fidelidade à verdade”, mesmo “à custa de um considerável sacrifício pessoal”.
O último dia desta viagem inclui ainda um encontro com os Bispos da Inglaterra, Gales e Escócia, encerrando-se com uma breve cerimônia de despedida no aeroporto de Birmingham, pelas 18h45 hora local.

Fonte: Rádio Vaticano (adaptado)

domingo, 12 de setembro de 2010

Festa de Nossa Senhora do Monte Serrat




Em tarde chuvosa ocorreu a Festa de Nossa Senhora do Monte Serrat, solenidade transferida do dia 8 para o domingo dia 12 a fim de possibilitar maior comparecimento dos devotos. Presidida por Dom Arquiabade Emanuel D´Able do Amaral, OSB que comemorava o décimo sexto aniversário de sua Benção Abacial (1994). Em sua homilia Dom Arquiabade Emanuel fez referências históricas a devoção de Nossa Senhora do Monte Serrat de origem espanhola citando o Mosteiro Beneditino de Nossa Senhora do Monte Serrat na região da Catalunha. Aqui no Brasil a maior referência a devoção é o Mosteiro Beneditino do Rio de Janeiro dedicado a Nossa Senhora do Monte Serrat. A nossa igrejinha em Salvador é uma das mais antigas do Brasil. O capelão Dom Filipe de Souza OSB, recentemente nomeado, organizou a festa e fez os convites. A igrejinha ficou pequena para abrigar o grande número de fiéis presentes entre monges, oblatos e pessoas da comunidade moradores do bairro que participaram da Missa Solene em honra de Nossa Senhora seguida de Procissão em volta da igreja com a imagem da Padroeira no belo cenário da Baía de Todos os Santos e confraternização de encerramento no salão de reuniões do mosteirinho.

Fotos: Ir. Antônio de Pádua (Ideval) Alves, Obl. OSB

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Nossa Senhora do Monte Serrat


No próximo domingo dia 12 de setembro ocorrerá a Festa de Nossa Senhora do Monte Serrat às 16 horas com procissão, Missa Solene e confraternização comemorativa do décimo sexto aniversário da Benção Abacial de Dom Arquiabade Emanuel D´Able do Amaral, OSB.

O diretor da Faculdade de São Bento, Dom Filipe de Souza, OSB foi recentemente nomeado capelão da Igreja do Monte Serrat que pertence aos Beneditinos. Ele está convidando para a festa da Padroeira.


Mosteiro de Nossa Senhora do Monte Serrat
Dependência do Mosteiro de São Bento da Bahia


O primitivo santuário de Nossa Senhora do Monte Serrat foi fundado pelos Senhores da Torre de Garcia d’Ávila por volta do ano de 1580, em data não precisa.

Em 1598, a igreja foi doada aos monges beneditinos, pelo então Governador Geral, Francisco de Souza, sendo por eles reformada pouco mais tarde. Ao lado da ermida, construiu-se um pequeno mosteirinho entre os anos de 1650 e 1679.

A igreja e o Mosteiro do Monte Serrat constituem um conjunto de notável mérito histórico e artístico da segunda metade do século XVII. O templo conta com um precioso conjunto de azulejos também do século XVII e o altar-mor é um belo exemplar de talha dourada do século XVIII, trazido do Mosteiro de São Bento.

O edifício do Mosteiro é modesto, porém, está situado em área de magnífica e singular paisagem. Sendo assim, é, não apenas um local propício para a oração, mas, também, para a contemplação da beleza natural do seu entorno.

Da mesma forma como a Igreja da Graça, além da celebração de missas e atendimento espiritual, a igreja de Nossa Senhora do Monte Serrat é muito procurada para a realização de casamentos, formaturas e celebrações especiais.

Fonte: www.saobento.org

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

São Gregório Magno, patrono da Schola Cantorum


São Gregório I, OSB (ca. 540 — 12 de Março de 604) foi Papa de 3 de Setembro de 590 até a data da sua morte. Era monge beneditino e é um dos Doutores da Igreja.

Gregório nasceu em Roma numa família da aristocracia tradicional romana, filho de Gordiaus e de Santa Sílvia. Chegou a perseguir uma carreira política que o levou ao cargo de prefeito da cidade. Em cerca de 575, Gregório ingressa num mosteiro e assume a vida religiosa por influência dos escritos e personalidade de São Bento. Converteu sua casa no monte Célio no mosteiro de Santo André e fundou seis outros nas terras de sua família, na Sicília.
Foi também apocrisiário em Constantinopla.

Enquanto papa, Gregório foi o responsável pelo envio dos primeiros missionários para converter os anglo-saxões nas Ilhas Britânicas (tendo enviado para lá um grupo de quarenta monges beneditinos, liderados por Agostinho de Cantuária, que seria o primeiro bispo de Cantuária). É ainda responsável pela divulgação do tipo de música que é hoje em dia conhecido como Canto Gregoriano. Deixou extensa obra escrita, incluindo sermões e comentários sobre a Bíblia, como o livro "Moralia", que comenta o livro de Jó, e volumes de correspondência.

Também foi responsável pela compilação dos Sete pecados capitais - a soberba, a avareza, a inveja, a ira, a luxúria, a gula e a preguiça - adaptando para o Ocidente a partir das oito tentações descritas pelo monge Euagrios Pontikos dois séculos antes.

A par do Papa Leão I, foi chamado pelo povo de Magno, sendo celebrado como santo pela Igreja Católica.

Fonte: Wikipédia

domingo, 29 de agosto de 2010

Humildade e Gratuidade


(29/8/2010) Olhar para Cristo como modelo de humildade e de gratuidade. Este o convite dirigido pelo Papa Bento XVI aos milhares de pessoas congregadas neste domingo ao meio dia no pátio interno do palácio apostólico de Castel Gandolfo para a recitação da oração mariana do Angelus. O Santo Padre comentava o trecho do Evangelho do dia e a parábola na qual Jesus, convida num banquete de núpcias a sentar-se no ultimo lugar.

O ultimo lugar – disse Bento XVI - pode de fato representar a condição da humanidade degradada pelo pecado, condição da qual somente a encarnação do Filho unigênito a pode levantar. Por isso o próprio Cristo - acrescentou o Papa citando a sua encíclica “Caritas in Veritate” ocupou o ultimo lugar no mundo – a cruz – e precisamente com esta humildade radical redimiu-nos e ajuda-nos constantemente.

Segundo Bento XVI, de Jesus aprendemos a paciência nas tentações, a mansidão nas ofensas, a obediência a Deus na dor, á espera que Aquele que nos convidou nos diga: “amigo, sobe mais para cima”; o verdadeiro bem, de fato – concluiu – é estar perto dele.
Depois da recitação do Ângelus o Papa recordou que na próxima quarta feira 1 de Setembro se celebra na Itália a jornada para a salvaguarda da criação, promovida pela conferencia episcopal italiana, e que é importante também no plano ecumênico:
Este ano recorda-nos que não pode haver paz sem respeito pelo ambiente. De fato temos o dever de entregar a terra ás novas gerações num estado tal que também elas possam habitá-la dignamente e a possam conservar ulteriormente. Que o Senhor nos ajude nesta tarefa.

Na saudação em língua espanhola Bento XVI quis recordar com afeto particular os 33 mineiros presos há três semanas na mina de Copiapo, norte do Chile.
A eles e aos seus familiares, o Papa encomendou-os á intercessão de S. Lourenço assegurando-lhes a sua proximidade espiritual e as suas continuas orações para que mantenham a serenidade na expectativa de uma feliz conclusão dos trabalhos que estão a ser efetuados para se chegar ao seu resgate. O Santo Padre convidou a todos a acolher a Palavra de Cristo para crescer na fé, humildade e generosidade. E concluiu com estas palavras.” Feliz Domingo”

Fonte: Rádio Vaticano

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Centenário de nascimento da Beata Teresa de Calcutá


No dia 26 de Agosto assinalam-se os 100 anos do nascimento de Madre Teresa de Calcutá. Uma ocasião para relembrar a vida e a obra desta santa missionária, beatificada por João Paulo II em 2003.
Na Índia, “pátria adoptiva” da missionária, que ali exerceu grande parte do seu trabalho, os festejos começaram dia 17, com uma vigília geral de oração, para todas as paróquias de Calcutá.
Esta cidade, sede da Casa Mãe das Missionárias da Caridade, congregação fundada por Madre Teresa, prevê abrir oficialmente as comemorações no dia 26, com uma celebração eucarística presidida por D. Telesphore Toppo, arcebispo de Ranchi.
Para honrar a “missionária do século XX”, estão previstos um conjunto de programas no território indiano, desde simpósios, espectáculos de dança e teatro, organizados pela Conferência Episcopal da Índia, com a colaboração da UNESCO.
O presidente indiano, Pratibha Patil, vai proclamar a data de nascimento de Madre Teresa, como “Dia de Jornada Nacional pelos Órfãos”, reconhecendo assim o trabalho da Beata, em favor das crianças vítimas de abandono e solidão, no país.

Um pouco por todo o mundo, são muitas as iniciativas preparadas para comemorar este centenário, em especial nas republicas da antiga Jugoslávia, que têm uma ligação muito forte com aquela figura histórica da Igreja.
Na República da Macedónia, terra natal de Madre Teresa, os festejos vão durar até ao final deste ano. No dia 26 vai decorrer uma sessão de homenagem em Skopje, levada a cabo pelo parlamento macedónio, após a qual será apresentado o prémio nacional “Madre Teresa”.
Na Sérvia, a data será assinala com uma missa solene na Catedral do Sagrado Coração, presidida por D. Stanislav Hocevar, arcebispo de Belgrado. A ocasião servirá para inaugurar uma exposição de fotografia, da autoria do croata Zvonimir Atietic, na Casa Memorial “Madre Teresa”.
Filha de pais albaneses, a missionária vai ser honrada com uma peregrinação nacional até à Catedral de Vau-Dejes, na Albânia, seguida de uma eucaristia presidida por D. Rrok Kola Mirdita, arcebispo de Durres-Tirana.
Por sua vez, o Kosovo decidiu proclamar 2010 como o “Ano de Madre Teresa”, e vai celebrar no dia 5 de Setembro uma festa litúrgica, dedicando a Madre Teresa uma igreja-santuário em Pristina.
Em Roma, o Cardeal Angelo Comastri, vigário geral do Papa para a Cidade do Vaticano, vai presidir a uma missa na Basílica de São Lourenço, no dia 26. Nela irá participar a congregação das Missionárias da Caridade, que se encontram presentes na capital italiana.
Em outras cidades da Europa irão decorrer várias vigílias de oração e celebrações eucarísticas, como por exemplo em Madrid, Copenhaga e Mónaco.

Fonte: Rádio Vaticano
Foto: Banco de Imagens do Google


terça-feira, 10 de agosto de 2010

Aniversário natalício de D. Arquiabade Emanuel


Dom Emanuel D´Able do Amaral nasceu no Rio de Janeiro, no bairro de Santa Teresa, no dia 13 de agosto de 1957. Filho de Joaquim Dias do Amaral (carioca) e de Catarina Lúcia d’Able do Amaral (Pernambucana). Nome civil: Joaquim Augusto d’Able do Amaral.
Antes de entrar para a vida monástica morou nas cidades do Rio de Janeiro, Vassouras (RJ), São Lourenço (MG), Engenheiro Paulo de Frontin (RJ) e Valença (RJ).
Entrou para a Ordem de São Bento em 30 de janeiro de 1978, no Mosteiro de São Bento de São Paulo. Nesse mosteiro iniciou o postulantado e mais tarde o noviciado. Além da formação monástica básica estudou latim, francês e grego bíblico. Em 1979 iniciou o Curso de Filosofia no Mosteiro de São Paulo, terminando em 1981.
Participou como membro fundador do Mosteiro da Ressurreição de Ponta Grossa. No Ifiteme (Instituto de Filosofia e Teologia Mater Ecclesiae) estudou Teologia de 1982 a 1985. Alem do grego bíblico também estudou hebraico. Em 1985 foi nomeado Sub-Prior do Mosteiro. Foi ordenado sacerdote em 7 de dezembro de 1985 em Engenheiro Paulo de Frontin RJ por Dom Waldyr Calheiros de Novaes (Bispo de Barra de Piraí-Volta Redonda).
Esteve em Roma de 1987 a 1989 estudando Teologia Bíblica (Licenza Specializata = mestrado no Brasil) na Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Gregoriana, residindo no Colégio Santo Anselmo, sede Ordem de São Bento, no Monte Aventino.
Retornando ao Brasil em 1989 iniciou sua carreira como Professor de Sagrada Escritura no Ifiteme. Foi nomeado pelo Bispo Diocesano de Ponta Grossa como um dos “Diretores Espirituais do Seminário Diocesano”. Foi também eleito Co-Visitador pelo Capítulo Geral da Congregação Beneditina do Brasil em 1993.
Foi professor até 22 de junho de 1994 quando foi eleito 79° abade do Mosteiro de São Bento da Bahia. Sendo instalado no cargo na tarde do dia 23 de junho por Dom Basílio Penido, Abade Presidente da Congregação Beneditina do Brasil. Recebeu a bênção abacial no dia 11 de setembro de 1994, na Catedral Basílica, de Dom Frei Lucas Cardeal Moreira Neves O.P.
Sendo o Mosteiro da Bahia elevado pelo Papa João Paulo II à categoria de Arquiabadia em 24 de novembro de 1998, foi “ipso facto” elevado ao cargo de Arquiabade.
Foi eleito Abade Presidente da Congregação Beneditina do Brasil em 1° de maio de 2002 no Capitulo Geral em Brasília (DF) e reeleito no último Capítulo Geral da Congregação Beneditina do Brasil, reunido no Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, no dia 27 de abril de 2008, para mais um e último mandato de três anos.
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Foto: Academia de Letras da Bahia

sábado, 7 de agosto de 2010

Onde está nosso tesouro?


"Assim fala um rico tolo, no escuro da sua zelosa solidão! Pensa só. E só pensa em si! Dialoga, em surdina, com os seus livros de contas de somar! Entretendo-se, em conversa fiada, com os seus números. O seu nome nem sequer é conhecido.
Pobre tolo! Este homem rico não presta contas à vida, e muito menos conta com Deus para alguma coisa. Engorda, em vez de crescer! E morrerá, sem nunca viver!
Esta parábola presta-se a muitas e interessantes reflexões. Podíamos falar do ridículo da ganância e do risco das riquezas; como podíamos aproveitar a frase do rico tolo, como verdadeiro programa da cultura da curtição: «descansa, come, bebe e aproveita» (Lc.12,19)! Mas o que mais me impressiona é o «erro de cálculo» deste homem! A ciência dos números, e das suas contas feitas de cabeça, não lhe permitiram aprender a sabedoria do coração.
Era essa sabedoria do alto, que invocava o Salmista, ao rezar: «Ensinai-nos, Senhor, a contar os nossos dias, para chegarmos à sabedoria do coração» (Salmo 90,12). Pede a sabedoria, para aprender a medir os tempos e as idades da vida; para distinguir o urgente do essencial; para não se ofuscar com a luz que reluz do ouro falso da vaidade. Não seja este o tempo da insensatez, do homem terreno, numa avareza desmedida de ter e de comer o mundo com os olhos.
Quem quer ter o prazer dos frutos da colheita, sem se dar a saboreá-los, colhe a desgraça de morrer antes do fim. O homem novo aspira às coisas do alto, e, por isso, jamais “renuncia à poesia, ao amor e à santidade”…
Iniciamos o mês de agosto. É uma boa ocasião, para avaliar o ano percorrido. Este é o tempo propício a dissipar tensões, repressões, desilusões e perdas somadas. Este é o tempo da poesia e da “sabedoria”, tempo de conhecer e de celebrar o amor, tempo de entregar a alma a Deus, para entrar no coração de Cristo e descobrir ali o profundo segredo da nossa vida escondida, o lugar certo do nosso repouso, onde tudo se passa e acontece.
Recentemente li O conto Retrato de Mônica" da obra Contos Exemplares: de Sophia de Mello Breyner Andresen, considerada uma das poetisas e escritoras mais importantes da Literatura Portuguesa.. O conto relata como Mônica lida com a sua vida social, mas ao mesmo tempo com a sua vida pessoal. Irei expor apenas um excerto:
Mônica é uma pessoa tão extraordinária que consegue simultaneamente: ser boa mãe de família, ser chiquérrima, ser dirigente da «Liga Internacional das Mulheres Inúteis», ajudar o marido nos negócios, fazer ginástica todas as manhãs, ser pontual, ter imensos amigos, dar muitos jantares, se dar com todos para que todos gostem dela, estar sempre divertida, ser um belo exemplo de virtudes, ter muito sucesso e ser muito séria.
Tenho conhecido na vida muitas pessoas parecidas com a Mônica. Mas são só a sua caricatura. Esquecem-se sempre de algo que a Monica faz tão bem. Por trás de tudo isto há um trabalho severo e sem tréguas e uma disciplina rigorosa e constante. Pode-se dizer que Mônica trabalha de sol a sol. Isto obriga Mônica a observar uma disciplina severa.
Mônica nunca tem uma distração. Todos os seus vestidos são bem escolhidos e todos os seus amigos são úteis. Como um instrumento de precisão, ela mede o grau de utilidade de todas as situações e de todas as pessoas. É por isso que Mónica, tendo renunciado à santidade, se dedica com grande dinamismo a obras de caridade. Ela faz casacos de tricô para as crianças que os seus amigos condenam à fome. Às vezes, quando os casacos estão prontos, as crianças já morreram de fome. Mas a vida continua. E o sucesso de Mônica também. Ela todos os anos parece mais nova. A miséria, a humilhação, a ruína não roçam sequer a barra dos seus vestidos. Entre ela e os humilhados e ofendidos não há nada de comum. Não é o desejo do amor que a une a tudo isto, mas justamente uma vontade sem amor.
De fato, para conquistar todo o sucesso e todos os gloriosos bens que possui, Mônica teve que renunciar a três coisas: à poesia, ao amor e à santidade.A poesia é oferecida a cada pessoa só uma vez e o efeito da negação é irreversível. O amor é oferecido raramente e aquele que o nega algumas vezes depois não o encontra mais. Mas a santidade é oferecida a cada pessoa de novo cada dia, e por isso aqueles que renunciam à santidade são obrigados a repetir a negação todos os dias".
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Fonte: Trecho da homilia de D. Agostinho Carvalho OSB (1º de agosto de 2010 - Mosteiro de S. Bento - Salvador)
Foto: Banco de imagens do Google

domingo, 1 de agosto de 2010

Os santos são os que adquiriram um coração sapiente (Bento XVI)


Os santos são os verdadeiros sapientes, que souberam “acumular” aquilo que não se corrompe e pôr de lado o que irremediavelmente se corrompe – recordou Bento XVI, neste domingo, ao meio-dia, em Castelgandolfo, antes da recitação do Angelus. Após as Ave Marias, o Papa congratulou-se com a entrada em vigor, precisamente neste dia, da Convenção sobre a eliminação das minas anti-pessoa que tantas vítimas tem feito, apelando aos Estados que ainda o não fizeram a subscreverem sem mais tardar esta Convenção internacional.
Comentando o Evangelho do dia, o Pontífice começou por evocar diversos santos cuja memória litúrgica ocorre nestes dias: Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus (sábado, 31 de Julho); hoje, 1 de Agosto, Santo Afonso Maria de Liguori, fundador dos Redentoristas, proposto por Pio XII como padroeiro dos confessores. Nos próximos dias: Santo Eusébio, bispo do Piemonte, e o Cura d’Ars, São João Maria Vianney.
"Estes homens adquiriram um coração sapiente, acumulando o que não se corrompe e pondo de lado o que é irremediavelmente precário no tempo: o poder, a riqueza e os prazeres efémeros, Escolhendo Deus, eles possuíram todas as coisas necessárias, provando - desde a vida terrena – a eternidade."
Bento XVI observou que no Evangelho deste domingo, o ensinamento de Jesus diz precisamente respeito à verdadeira sabedoria, com a parábola do rico insensato.
"Na Bíblia o homem insensato é aquele que não dar conta, a partir da experiência das coisas visíveis, que nada dura para sempre, mas tudo passa: tanto a juventude, como a força física, as comodidades como as funções de poder. Fazer depender a própria vida de realidades assim tão passageiras é, portanto, insensatez. O homem que, pelo contrário, confia no Senhor, não teme as adversidades da vida, nem sequer a inelutável realidade da morte: é o homem que conseguiu um coração sapiente, como os Santos."
Antes da recitação da oração mariana, Bento XVI quis ainda recordar algumas ocorrências dos próximos dias: que amanhã se poderá lugar a indulgência chamada “da Porciúncula”, “o perdão de Assis”, que São Francisco obteve do Papa Honório II em 1216; na quinta-feira, 5 de Agosto, a dedicação da basílica romana de Santa Maria Maior, honrando a “Mãe de Deus”, aclamada com este título no concílio de Éfeso, em 431; e finalmente, na sexta-feira, dia 6, o aniversário da morte do Papa Paulo VI, na festa da Transfiguração do Senhor.

Foi depois da recitação do Angelus que o Papa exprimiu a sua “viva satisfação” pela entrada em vigor, neste mesmo dia, da Convenção sobre a rejeição total das minas anti-homem, que provocam, sublinhou, danos inaceitáveis nos civis.
"Penso antes de mais nas numerosas vítimas que sofreram e continuam a sofreram graves danos físicos e morais, até mesmo a perda da vida, por causa destes insidiosos instrumentos (de morte), cuja presença no terreno muitas vezes impede, por um longo período, o retorno à vida quotidiana da parte de inteiras comunidades."
O Papa exortou todos os Estados a aderirem a esta Convenção, com a qual (observou) a comunidade internacional demonstrou sabedoria, largueza de horizontes e capacidade de procurar um resultado significativo no campo do desarmamento e do direito humanitário internacional.
"Encorajo e faço votos de que se continue cada vez com maior vigor por este caminho, para a defesa da dignidade e da vida humana, para a promoção do desenvolvimento humano integral, para o estabelecimento de uma ordem internacional pacífica e para a realização do bem" comum de todas as pessoas e povos.
"Nas saudações finais, em diversas línguas, não faltou uma em português:

Queridos peregrinos de língua portuguesa: saúdo cordialmente a todos vós, de modo especial aos brasileiros de Piraquara. Que Deus manifeste sobre todos vós a Sua inesgotável bondade para que sejais renovados nos vossos bons propósitos de vida cristã. Que Deus vos abençoe!"


Fonte: Rádio Vaticano

domingo, 25 de julho de 2010

Novo Diretor


Nomeado em junho por Dom Arquiabade Emanuel D`Able do Amaral OSB, o novo Diretor do Instituto dos Oblatos Seculares Beneditinos da Arquiabadia de São Sebastião da Bahia, Dom Marcos Félix da Silva OSB, tomou posse hoje na reunião mensal dos Oblatos juntamente com o seu assistente Ir. Pio Vaccari OSB.


Ainda nesta reunião o nosso irmão Jerônimo (Edivaldo) Boaventura, Obl. OSB proferiu brilhante palestra sobre seus contatos com os Mosteiros Beneditinos de Portugal: São Martinho de Tibães e Singeverga.


"Que os irmãos continuem crescendo e buscando sempre mais o conhecimento e a vivência da Regra do Glorioso Patriarca São Bento. Em tudo, amem a Deus acima de tudo, vivam com desapego e rezem pela Santa Igreja e pelos mortos. Que o Deus da paz esteja sempre convosco..."

Com estas palavras o nosso ex-diretor Dom Miguel Dias de Souza OSB, despediu-se da função na reunião do mês passado e anunciou a nomeação dos novos oficiais: Dom Marcos Félix da Silva OSB para Diretor e Ir. Pio Vaccari OSB para Assistente.


Agradecemos a inestimável contribuição do nosso querido Dom Miguel para o nosso crescimento espiritual ao tempo em que acolhemos e damos boas vindas a Dom Marcos e ao Ir. Pio. Estamos juntos nesta caminhada em busca do bem comum.


Foto: Ideval Alves

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Caritas in Veritate: um ano após sua publicação




Caritas in Veritate – a encíclica que desfechou um tento no coração da crise. A terceira encíclica de Bento XVI – a primeira do pontífice alemão sobre um tema social – foi apresentada à imprensa no dia 7 de julho de 2009, numa Sala de Imprensa repleta de jornalistas, como sempre acontece nas grandes ocasiões.
O documento, porém, tem a data de 29 de junho, porque, como quase sempre acontece com os textos pontifícios, transcorrem alguns dias entre a data da assinatura por parte do papa e a data de sua publicação.
Era, de qualquer modo, uma encíclica esperada há muito, porque deveria ter coincidido com o 40º aniversário da Populorum Progressio, de Paulo VI, publicada em 1967.
O “atraso” de dois anos pode ser atribuído à eclosão da crise econômica mundial, que induziu Bento XVI a uma revisão do texto, à luz do que estava acontecendo no mundo inteiro.
O resultado está, hoje, aos olhos de todos: as 142 páginas da encíclica constituem uma lúcida análise das profundas causas da crise, e oferecem – como é tradição na Doutrina Social da Igreja, em cujas premissas se insere a Caritas in Veritate, 18 anos depois da Centesimus Annus, de João Paulo II – importantes pontos de reflexão para a busca de adequadas soluções para a crise que perdura até hoje.
Neste seu primeiro ano de vida, a Caritas in Veritate demonstrou todas as suas potencialidades, suscitando debates e confrontos em âmbito econômico, político e social, e revelando-se como um dos mais incisivos textos do magistério pontifício dos últimos tempos.
Uma encíclica que – como se escreveu sobre ela – amplia a perspectiva da Populorum Progressio, passando do conceito de “desenvolvimento dos povos” ao conceito de “desenvolvimento humano integral”. Mas, sobretudo, um documento no qual aparecem evidenciados, desde o próprio título, os dois pilares, os dois fundamentos do magistério e do pontificado de Bento XVI: a caridade e a verdade.

Fonte: Rádio Vaticano
Foto: Banco de imagens do Google

segunda-feira, 19 de julho de 2010

ORAÇÃO E TRABALHO


ORA ET LABORA - ORAÇÃO E TRABALHO é o lema de São Bento; oração transformada em trabalho e trabalho em oração, pela fé e obediência.

TRABALHO E ORAÇÃO - Os monges de um antigo mosteiro, na igreja reunidos para orar, viram na parede escritas com letras grandes esta advertência: "Perante Deus reunidos, não sejam de mente distraídos, porque se o coração não reza ardente, a língua vossa trabalha inutilmente." Jesus Cristo ensinando-nos , como deveria ser feita a verdadeira oração, dizia: "Nas vossas orações não useis de vãs repetições, como fazem os gentios, porque entendem que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos. Não sejais como eles, porque o vosso Pai, sabe do que tendes necessidade antes de lho pedirdes." (Mt 6,7-8).
O cristão autêntico, em qualquer trabalho que desempenha, deseja glorificar a Deus, o que precisamente São Bento, sintetizou em uma só frase: "Para que em tudo seja Deus glorificado."


"A Oração"

A oração é algo natural do homem, como falar ou suspirar, ou olhar, ou como latejar do coração enamorado. Na realidade é também uma queixa. Nossa oração não é mais do que estabelecer contato com Deus. É uma comunicação com Deus e não necessita ser com palavras e nem mesmo com a mente. A gente pode se comunicar com o olhar, com o sorriso ou com os suspiros, ou contemplar o céu, ou beber a água. De fato todos os nossos atos corporais são oração. Nosso corpo formula uma profunda ação de graças em suas entranhas, quando sedento, recebe um copo d’água. Quando, num dia de calor, mergulhamos num rio fresco, toda nossa pele canta o hino de ação de graças ao Criador, ainda que esta seja uma oração irracional, que se faz sem nosso consentimento e às vezes mesmo apesar de nós. O trabalho é uma oração existencial. Deus nos envolve por todas as partes como a atmosfera.
A razão pela qual a gente não costuma experimentar a presença de Deus é porque estamos acostumados a que toda experiência nos venha de fora, e essa experiência é de dentro. Estamos voltados para o exterior, pendentes da sensação de fora e então nos passam inadvertidos os toques e as vozes de dentro. (Thomas Merton)


Foto: Ideval Alves / Claustro do Mosteiro de São Bento da Bahia

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nossa Senhora do Carmo


No dia 16 de julho, celebra-se na Igreja Católica, a festa de Nossa Senhora do Carmo, um título da Virgem Maria que remonta ao século XIII, quando, no monte Carmelo, Palestina, começou a formar-se um grupo de eremitas. Estes, querendo imitar o exemplo do profeta Elias, reuniram-se ao redor de uma fonte chamada "fonte de Elias", e iniciaram um estilo de vida que, mais tarde, se estenderia ao mundo todo. Devido ao lugar onde nasceu, este grupo de ex-cruzados e eremitas foi chamado de "carmelitas". A história nos assegura que os eremitas construíram também uma pequena capela dedicada à Nossa Senhora que, mais tarde, e pela mesma circunstância de lugar, seria chamada de "Nossa Senhora do Carmo" ou " Nossa Senhora do Carmelo". Os carmelitas viram-se obrigados a emigrar para a Europa, para continuar a própria vida religiosa e lutar por seu espaço entre as várias ordens mendicantes. O título de Nossa Senhora do Carmo está unido ao "símbolo do escapulário".

A presença de Maria com o nome de Nossa Senhora do Carmo foi se espalhando por toda a Europa, e esta devoção foi levada para a América Latina, na primeira hora da evangelização. É difícil encontrar uma diocese latino-americana que não tenha, pelo menos, uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Carmo. Não somente são igrejas matrizes ou catedrais dedicadas a Maria, sob o título de Nossa Senhora do Carmo, mas também lugarejos, capelas, oratórios etc. Isso prova como esta devoção saiu dos âmbitos restritos dos conventos carmelitanos e se tornou propriedade do povo e da Igreja Universal, como diz o Papa João Paulo II, em sua carta dirigida aos Superiores Gerais do "Carmelo da Antiga Observância e do Carmelo Descalço".

Esta devoção, enraizada no coração do povo, está sendo resgatada, e os devotos de Nossa Senhora do Carmo aumentam cada vez mais.

Texto: Cônego Pedro Carlos Cipolini - Doutor em Teologia (Mariologia); professor titular da PUC–Campinas; membro da Academia Marial de Aparecida
Foto: Banco de imagens do Google

terça-feira, 13 de julho de 2010

Henrique da Baviera, Padroeiro dos Oblatos


Muitos acusam a Idade Média como um tempo de trevas da história, e é fácil pensar assim se não abrirmos os olhos e olharmos para o alto, pois ali é que se encontram as luzes deste período, ou seja, os inúmeros Santos e Santas. Henrique e sua esposa Cunegundes fazem parte deste "lustre", pois viveram uma perfeita harmonia de afetos, projetos e ideais de santidade.
Henrique era filho de duque e nasceu num castelo na Alemanha em 973. Pertencia a uma família santa e, por isso, foi educado por cônegos e, mais tarde, pelo bispo de Ratisbona, adquirindo assim toda uma especial formação cristã.
Conta-se que espiritualmente se preparou para assumir o trono da Alemanha, sem o saber, pois ainda jovem sonhara com estas breves palavras: "Entre seis". Primeiro,interpretou que teria seis dias antes de morrer, mas tal não aconteceu, preparou-se em vista a seis meses e em seguida a seis anos, até que por providência assumiu o reinado.
Henrique nunca se rendeu às tentações do poder e da glória do mundo, foi coroado Rei aos 29 anos de idade; foi sempre firme e moderado nas suas atitudes durante todo o seu reinado. Foi conhecido como "Homem de Paz", de retidão incomparável. Morreu a 13 de julho de 1024 e foi canonizado em 1146.
Por não ser monge, mas seguir a orientação da Regra de São Bento,em especial do Abade Odilon do Mosteiro de Cluny, Santo Henrique é considerado o Patrono dos Oblatos Seculares Beneditinos.

Fonte: http://www.evangelhoquotidiano.org/
Foto: Banco de imagens da Google

domingo, 11 de julho de 2010

Centenário e Profissão Monástica


A Solenidade de São Bento na Arquiabadia de São Sebastião da Bahia foi marcada pela comemoração do centenário de nascimento do Abade Dom Timóteo Amoroso Anastácio e a profissão trienal de votos temporários do Ir. João Batista Silva Santos (foto). A Basílica ficou repleta de autoridades, fiéis, oblatos, devotos de São Bento, amigos e contemporâneos de Dom Timóteo, familiares e amigos do Ir. João Batista que assim como Dom Timóteo fez os seus primeiros votos no dia dedicado ao Nosso Pai São Bento.

Dom Timóteo foi o septuagésimo sétimo Abade do Mosteiro de São Bento da Bahia. Ficou 16 anos como Abade, de 1965 até a sua renúncia em 1981. Treze anos depois ocorreu a sua Páscoa no dia 2 de agosto de 1994.

O nosso confrade jornalista Ir. Romualdo (José) Pedreira Lapa Nov. Obl. OSB escreveu um ensaio sobre Dom Timóteo do qual retiramos este trecho:
“Abade, monge, poeta, escritor, tradutor, humanista, romântico, culto, erudito, sábio. Um mito. Um cometa, um astro luminoso de primeiríssima grandeza. Político - em sua mais lidima e etimológica tradução e origem, Timóteo Amoroso (que já trazia Amor no nome!), foi identicamente um pontífice - como João XXIII, um construtor de pontes. Para além de tudo o que divide e exclui, humilha ou marginaliza, rotula, para além de qualquer preconceito, matriz ou matiz ideológico, e mesmo religioso (manteve uma grande aproximação e diálogo com os representantes e o "povo de santo", do culto afro-baiano) Timóteo, o Amoroso, figura de romance de Jorge Amado, deixou o seu rastro luminoso no céu da Bahia, dialogando com todos, os da esquerda e os da direita, os pobres e os ricos, os cultos e os incultos.”
Foto: Ideval Alves

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Solenidade de Nosso Pai São Bento


O mês de julho é marcado pela Solenidade de Nosso Pai São Bento no dia onze. O pai dos monges do Ocidente que sintetizou os fundamentos da Ordem Beneditina no lema Ora et Labora apresentado aos seus discípulos. Através dessas duas motivações e da Santa Regra se ampara a vida monástica na sua perspectiva de Louvor Divino e propagação do Reino de Deus.
A Regra escrita por São Bento para os monges é cada vez mais procurada por leigos nos lugares mais diversos e na medida em que procuram um ensinamento prático para um verdadeiro modo de vida cristã, cada vez mais os leigos descobrem a atualidade e o valor da Regra Beneditina.
Tornam-se cada vez mais conhecidos e apreciados, os livros e artigos da anglicana Esther de Walls, professora e pesquisadora da Universidade de Cambridge e que entrou em contato com a Regra de São Bento pesquisando a história da antiga Abadia Beneditina de Cantuária, na Inglaterra. Ela percebeu a imensa atualidade do modo de vida beneditina e iniciou em 1982, uma experiência de retiros em grupo, seguindo o esquema e o espírito da RB. Esse material de estudo e reflexão foi publicado depois como livro com sugestivo título: “A Procura de Deus – A Regra de São Bento, um caminho para o homem de hoje”.
Outro testemunho da atualidade viva da RB são os Oblatos Seculares Beneditinos em todo o mundo que se filiam a uma família monástica por um laço de ordem espiritual a fim de poder graças a esta filiação, participar mais intensamente das preces e méritos desta comunidade, vivenciando os ensinamentos de amor fraterno e apostólico através do espírito da RB.
Na Solenidade de Nosso Pai São Bento, rezemos por todos os Beneditinos: monges, monjas, missionárias, oblatos e oblatas vivos e mortos. Que Nosso Senhor conceda paz e progresso espiritual a nossa Ordem e nos conserve observantes à Santa Regra e fiéis a nossa vocação.
(Foto: Ideval Alves - Museu de São Bento - Salvador - BA)