segunda-feira, 19 de julho de 2010

ORAÇÃO E TRABALHO


ORA ET LABORA - ORAÇÃO E TRABALHO é o lema de São Bento; oração transformada em trabalho e trabalho em oração, pela fé e obediência.

TRABALHO E ORAÇÃO - Os monges de um antigo mosteiro, na igreja reunidos para orar, viram na parede escritas com letras grandes esta advertência: "Perante Deus reunidos, não sejam de mente distraídos, porque se o coração não reza ardente, a língua vossa trabalha inutilmente." Jesus Cristo ensinando-nos , como deveria ser feita a verdadeira oração, dizia: "Nas vossas orações não useis de vãs repetições, como fazem os gentios, porque entendem que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos. Não sejais como eles, porque o vosso Pai, sabe do que tendes necessidade antes de lho pedirdes." (Mt 6,7-8).
O cristão autêntico, em qualquer trabalho que desempenha, deseja glorificar a Deus, o que precisamente São Bento, sintetizou em uma só frase: "Para que em tudo seja Deus glorificado."


"A Oração"

A oração é algo natural do homem, como falar ou suspirar, ou olhar, ou como latejar do coração enamorado. Na realidade é também uma queixa. Nossa oração não é mais do que estabelecer contato com Deus. É uma comunicação com Deus e não necessita ser com palavras e nem mesmo com a mente. A gente pode se comunicar com o olhar, com o sorriso ou com os suspiros, ou contemplar o céu, ou beber a água. De fato todos os nossos atos corporais são oração. Nosso corpo formula uma profunda ação de graças em suas entranhas, quando sedento, recebe um copo d’água. Quando, num dia de calor, mergulhamos num rio fresco, toda nossa pele canta o hino de ação de graças ao Criador, ainda que esta seja uma oração irracional, que se faz sem nosso consentimento e às vezes mesmo apesar de nós. O trabalho é uma oração existencial. Deus nos envolve por todas as partes como a atmosfera.
A razão pela qual a gente não costuma experimentar a presença de Deus é porque estamos acostumados a que toda experiência nos venha de fora, e essa experiência é de dentro. Estamos voltados para o exterior, pendentes da sensação de fora e então nos passam inadvertidos os toques e as vozes de dentro. (Thomas Merton)


Foto: Ideval Alves / Claustro do Mosteiro de São Bento da Bahia

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